Vemos imagens de prédios iluminados do centro de Los Angeles ao som de “Los Angeles Is Burning – Bad Religion”. Câmera chega à entrada do apartamento de Charlie.
Ela está abrindo a porta e preparando-se para sair. Chama o elevador. Olha o relógio. Quando chega, dentro está Howard. Charlie recua.
“Difícil te encontrar por esses dias, não é loirinha?”
“Estou tendo dias cheios. Mas iria entrar em contato com você.”
“Acredito em você. Mas precisamos conversar agora.” Diz ele agarrando-a fortemente pelo braço e a puxando, com violência, para a sua porta. Ela reclama que ele a está machucando.
“Vai saber o que é ser machucada se continuar me enrolando!” Manda-a abrir a porta e a empurra para dentro.
Restaurante em Santa Mônica.
Griffin está jantando com Angela. Nota-se pelo brilho em seus olhos que está completamente apaixonada. Falando sem parar sobre arrumar um bom emprego para ele na Today, num tom autoritário. “Você não vai mais precisar ficar pulando de subemprego em subemprego. E principalmente, nunca mais sexo por dinheiro!”
Griffin olha para ela, fingindo ouvir tudo e concordar. Mas seu pensamento está longe, em Dawnie. Pede licença e levanta-se seguindo até o toalete. Dentro do banheiro pega o celular e liga. Ouve a caixa postal de Dawnie. Desliga pensativo. Minutos depois, ao retornar à mesa, Jonathan está sentado junto à filha.
“Papai chegou finalmente! Papai, este é Griffin.”
Um olha na cara do outro e se cumprimentam. Griffin senta-se. Jonathan logo traça seu perfil.
Ele faz algumas perguntas sobre trabalho para a filha ignorando a presença dele. O garçom o entrega um copo com uísque.
Griffin interrompe. “Gosto muito de algumas de suas publicações Sr. Remington. É realmente um prazer conhecê-lo pessoalmente.”
Jonathan pára. Olha para frente fitando-o. “Sinto não poder dizer o mesmo.” Vira-se para Angela. “Querida, não aprovo essa sua companhia.” Levanta-se dá um beijo no rosto dela e diz ter um compromisso. Sai. Angela vai atrás desconcertada. Griffin apóia a cabeça, com as mãos na nuca, recostando-se na cadeira.
Pasadena. Clínica Woodsboro.
Margaux está em seu quarto. O enfermeiro Kevin trás alguns medicamentos. Pára ao lado da cama, coloca a bandeja no criado mudo. Começa a preparar as pílulas. Margaux coloca a mão e alisa sua bunda. Aperta. Ele para o que está fazendo. Ela chega com os dedos no volume da frente de sua calça. Logo ele se excita e vai até a porta, trancando-a. Volta tirando a camisa e abrindo a braguilha. Vai se posicionando para que Margaux o chupe. Antes ela o segura. “Depois disso, você me tira daqui hoje!”.
Ele afirma que sim só balançando a cabeça. A segura pelo cabelo e começa o sexo oral.
Após o gozo, ajeita-se. Pega a bandeja. Deixa as pílulas indicadas. Margaux espera alguma reação.
“A que horas posso encontrá-lo? Como faremos?” Ele nada responde. Sai do quarto. Tranca a porta por fora. “Você precisa me tirar daqui!” grita ela dentro do quarto. Ele segue o corredor assoviando.
Amanhece. Imagens do tráfico ao caminho para o aeroporto ao som de “Love at First Sight - Kylie Minogue”
Carrie está no saguão do aeroporto olhando para o painel com os horários dos vôos. Dão um aviso que o vôo vindo de Cleveland pousou no horário marcado. Minutos depois Brett Cooper sai da área de desembarque. Carrie segura um papel escrito seu nome. Ele se aproxima, tira os óculos escuros.
“Se me dissesse que era tão bonita, teria vindo mais rápido!”
Carrie sorri. Saindo do saguão começa a explicá-lo toda a situação de Margaux.
Já no carro de Carrie.
“Terei o maior prazer em ajudar Margaux. Devo a ela minha transferência para Los Angeles anos atrás.”
“Tinha conhecimento disso. Por isso o contactei Doutor Cooper.”
“Por favor, pra você sou apenas Coop.”
“Vou deixá-lo no hotel. Estou atrasada para uma reunião na revista. Mais tarde nos encontramos para acertarmos tudo.”
“Sim. Eu preciso antes rever um amigo.”
Os dois continuam conversando sobre o assunto.
Santa Mônica Boulevard. West Hollywood.
Joe olha uma revista que tem nas mãos procurando pelo endereço do estabelecimento que procura.
Percebe que está em frente a ele. Um famoso e descolado gay club. Entra e pergunta informações sobre Juan, o dono do local.
Um dos faxineiros aponta para uma porta no final de uma escada. Joe sobe e bate.
Uma voz firme responde. “Entre!” Dentro da sala, encontra um homem de seus 45 anos, bigode, atrás de uma mesa falando ao telefone. Juan faz sinal para que se sente e espere. Após 10 minutos ao telefone, ele lhe dá atenção.
“Em que posso ajudá-lo?” pergunta levantando-se da mesa, mostrando certa hostilidade.
“Gostaria de um emprego aqui no seu club. Sou amigo de Brian DeSoto, que já trabalhou aqui por algum tempo e indicou-me...” Sem que pudesse terminar Juan o manda tirar a roupa.
Joe pensa por alguns segundos e acaba fazendo o que ele pediu.
“Só estou precisando de strippers no momento. Se souber dançar e for bem dotado, tem grandes chances de uma vaga.”
Joe arma um sorriso forçado e finaliza tirando a cueca. Juan observa e o manda virar de costas.
“Agora se você me fizer dar uma boa gozada, o emprego é seu!”
Joe fica visivelmente constrangido. Mas seu único pensamento é a necessidade da vaga.
Juan senta na poltrona gasta e empoeirada. Joe vai até ele e começa a tentar excitá-lo.
“Vamos... Sei que pode fazer muito melhor do que isso!”
Joe acaba numa transa forçada, sendo penetrado por Juan. Após o orgasmo, Juan segue para o banheiro: “Você começa hoje à noite”.
Hall de entrada da revista Today. A câmera segue Tessie, até a sala de reuniões.
Jonathan, com Rachel a seu lado, apresenta-a a toda equipe.
“A partir de hoje Rachel será meu braço direito e meus olhos aqui dentro da Today. Apesar de gostar muito dessa minha publicação, não é a única que possuo, e sendo assim não posso dar a atenção necessária para sua boa direção. Rachel Dennis é a nova diretora-executiva.”
Angela não reconhece as palavras do pai. Lança-lhe um olhar gelado. Nicholas não acredita no que acabou de ouvir. Os dois filhos se entreolham e trocam meia dúzia de gestos sugerindo preocupação. Jonathan senta-se e Rachel assume a reunião.
“A primeira coisa que gostaria que soubessem é que não cheguei aqui para colocar essa redação de cabeça para baixo, ou mesmo iniciar uma caça às bruxas. Todos irão continuar com seus respectivos cargos.”
Carrie, atrasada, entra apressada na sala. Leva um grande susto ao ver Rachel. As únicas palavras que consegue dizer é o nome dela. Respira fundo e senta.
“Carrie Fairchild! Atrasada como o usual. Pensou que fosse ficar livre de mim pra sempre, querida?” Todos os participantes da reunião ficam sem saber o porquê das farpas que estão sendo trocadas entre as duas. Jonathan levanta-se. “Para que todos compreendam, Rachel chefiava a revista onde Carrie era colunista, em NY.”
“Uma boa revista, onde estive por alguns anos numa bem sucedida direção.” Completa Rachel.
“E aposto que foi mandada embora pelo velho Allen, quando ele cansou de tê-la em sua cama.” Ironiza Carrie acendendo um cigarro. Rachel anda calmamente até ela. Tira o cigarro de seus dedos.
Apaga-o na mesa. “Não permito que fumem na minha presença.”
Carrie levanta-se, fica frente a frente com a antiga inimiga. Lança um olhar cínico. Dá um soco no nariz de Rachel, que caí no chão.
“Isso é por ter tornado minha vida um inferno. Há tempos queria ter dado o troco. Estamos quites!”
Jonathan e outros presentes acodem Rachel levantando-a. Seu nariz está com um pequeno sangramento, que ele limpa com um lenço.
Carrie já está na porta da sala quando Rachel grita que ela está despedida.
Melrose Avenue. Academia Hardbody.
Brian e Griffin conversam enquanto um ajuda o outro nas séries de musculação.
“Então você está gamadão na ricaça, é? Se deu bem!”
“Não cara! Não é na Angela que estou falando. É na Dawnie! Essa sim está acabando com meu sossego. Sabe, parece que temos uma conexão. Não consigo parar de pensar nela um segundo.”
Brian vai até um canto e pega algumas anilhas.
“E a Maggie, onde fica nisso tudo?”
Griff levanta do aparelho, limpa o suor da testa. “Maggie vai ser a mãe de meus filhos. Sempre vai estar aqui dentro.” Diz batendo no peito. “Mas a Dawnie é especial.” Pensa um pouco e rebate a pergunta. “E você cara? Quando é que vai se amarrar?”
“Tô curtindo alguém sim. Qualquer hora te apresento.” Brian senta no aparelho e começa a se exercitar.
Nicholas e Jonathan entrando em um restaurante. Downtown.
Jonathan diz estar muito preocupado com Angela e o seu novo casinho. “Precisamos abrir os olhos de sua irmã em relação a esse aproveitador.”
Um bonito e jovem garçom leva os dois até uma mesa. Nicholas cruza olhares com ele. Sentam.
“Angela já está bem crescidinha para ficarmos de babá. Ela não é mais uma adolescente ingênua.” “Tenho certeza que esse tal de Griffin está armando alguma. Um prostituto!”
“Olha só quem está falando! Jonathan Remington, o rei das prostitutas. Papai poupe-me de seus comentários hipócritas. Se esse cara aprontar alguma pra cima dela, aí sim tomamos providências. Deixe sua filha transar um pouco, tirar as teias de aranha”.
“Não gosto da maneira que você fala. Tenha mais classe.” O telefone de Jonathan toca.
É Charlie querendo marcar um encontro de negócios. Ele cede e marca para se encontrarem no dia seguinte na Today. Enquanto Jonathan está distraído com ela, o garçom chega trazendo os cardápios. Nicholas diz que precisa ir ao banheiro e ao levantar-se passa a mão na perna do cara. O garçom o segue e se encontram no banheiro masculino. Nicholas o coloca escorando a porta, e começa a beijá-lo tirando sua camisa.
Imagens da cidade anoitecendo, as luzes se acendendo ao som de “When You’re Gone – Brian Adams with Melanie C”. Câmera entrando no condomínio Melrose Place.
Brett Cooper está entrando no portão quando cruza com Megan. Ela se assusta ao vê-lo, mas não consegue esconder um sorriso. “Coop! O que está fazendo aqui em Los Angeles?”
“Visita rápida para matar saudades de velhos amigos.” Se abraçam. Ele dá um beijo em sua face mostrando o carinho ainda existente entre os dois. Conversam por alguns minutos. Ela conta sobre sua galeria de arte e a gravidez. Brett fica feliz ao saber das novidades. Ele pergunta sobre Michael Mancini. Megan aponta uma das portas verdes. Despedem-se. Ao passar pelo pátio da piscina Brett relembra algumas pessoas que teve contato quando viveu ali. Sente-se bem com essa nostalgia. Bate no apartamento indicado por Megan. Michael abre a porta e quase não acredita ao vê-lo. “Quem é vivo sempre aparece!” Os dois se abraçam e Michael o convida a entrar.
“Não tenho muito tempo, Michael. Preciso da sua ajuda.” Michael solta um sorriso vitorioso por ter chegado esse momento: O dia em que Brett Cooper precisaria de sua ajuda. Começa a ouvir tudo sobre Margaux e o plano para tirá-la da clínica Woodsboro.
Galpão onde está Dawnie.
Ela, Leigh e Sue já estão mais entrosadas. As duas não compreendem como Leigh está ali por vontade própria.
“Você não tem nem idéia pra onde estão nos mandando. Como pode ser tão inconseqüente?” Diz Dawnie balançando a cabeça.
“Não tenho nada aqui em Los Angeles. E essa possibilidade de uma vida nova lá fora parece uma grande oportunidade.”
“Coloque teus pés no chão! Prostituição, escravidão sexual. Você está indo pro inferno!”
Dawnie continua discutindo e são interrompidas por um barulho de avião pousando, percebendo, então, que estão perto de algum aeroporto.
“Precisamos escapar daqui! Sue, pare de choramingar e ajude-me a procurar alguma janela nesse lugar. Vamos!” As duas começam a tatear as paredes sujas do escuro local. Leigh acende um isqueiro e senta no chão. “Daria tudo por um cigarro.”
Pasadena.
Michael e Brett estão no carro de Carrie. Os três passam pela placa de entrada da clínica.
Brett está visivelmente preocupado. “Você tem certeza que conseguiu nosso passe de entrada Michael?”
“Não me subestime Brett. Fiz minha parte.”
Carrie estaciona o carro na frente da entrada da clínica. “Parem de discussão vocês dois. Vamos começar nosso show.” Os três seguem até a recepção. Brett abraça Carrie e Michael, vestindo um jaleco, vai à frente.
“Boa noite. Meu nome é Dr. Mancini e fiz uma reserva para a senhora Betsy Shaw.”
Ao ouvir o nome inventado, Brett olha zangado para a cara de Michael e sussurra:
“Nenhum respeito pelos mortos, Michael!”
A recepcionista checa a reserva. E chama um enfermeiro para levá-los ao quarto. O mesmo enfermeiro, Kevin, que se aproveitou de Margaux. Ao assinar o livro de internação, Michael procura pelo nome de Margaux e descobre em que quarto ela está. Passam por grandes corredores. Carrie observa todas as portas. Sobem uma grande escadaria para o segundo andar. Ao chegar ao quarto indicado, Kevin destranca a porta. Brett percebe que ele deixa a chave na fechadura. Ele e Michael entram no quarto junto do enfermeiro. “Agora!” grita Brett. Os dois seguram o brutamonte e o jogam na cama. Saem correndo do quarto e Carrie tranca a porta por fora.
“Quarto 328. Terceiro andar.” Fala Michael, com os três já correndo em direção à escada, enquanto ouvimos o enfermeiro esmurrando a porta.
Imagens de um pequeno aeroporto clandestino nos arredores da cidade. Descobre-se ser ali o cativeiro de Dawnie.
Ela e Sue conseguem achar uma janela quebrada e destrancada. Tentam escapar com dificuldade pelo pequeno espaço que oferece passagem. Dawnie consegue empurrar Sue para fora. Leva um susto quando um barulho de portas de ferro se abrindo ecoa no galpão. A luz adentra o lugar. Dois homens entram e logo percebem o que estava se passando. Um deles faz sinal para que o outro vá para fora atrás de Sue. Leigh continua em seu canto sentada. Um deles vai até Dawnie e a agarra, jogando-a na parede. “Não vai escapar vagabunda!” Sue é trazida para dentro pelo outro homem. Está chorando em soluços. Também é jogada ao lado de Dawnie. Os dois afastam-se delas e fazem uma ligação. Sue e Dawnie se abraçam. Leigh observa tudo. Os homens retornam até elas dizendo, um para o outro, que eles ainda têm uma hora antes do horário marcado. Entreolham-se e apontam para Sue. Um deles a puxa e a coloca nas costas. “Vamos brincar um pouquinho piranha.” Diz batendo com a mão em sua bunda. Sue se desespera, gritando para que Dawnie a ajude. Mas o pavor toma conta até mesmo de Leigh, que aproxima-se de Dawnie. Os dois brutamontes colocam Sue em cima de uma mesa, abrem seus cintos e desabotoam seus jeans. Enquanto um segura a jovem, que se debate e grita desesperadamente, o outro tapa sua boca com uma das mãos e com a outra a imobiliza. Eles a estupram várias vezes revezadamente.
A câmera foca nos olhos apavorados de Sue e depois de Dawnie que está abraçada com Leigh.
Clínica Woodsboro.
Carrie abraça Margaux ao entrar em seu quarto. Brett diz que precisam sair logo dali.
Os quatro começam a percorrer o corredor que vai dar na escadaria. Ouvem gritos vindos não de muito longe. Enfermeiros começam a aparecer, entre eles o que trancaram no quarto.
Michael desce as escadarias puxando Margaux, Brett vai logo atrás. Um dos enfermeiros agarra o braço de Carrie, encostando-a na mureta da escada. Na briga, tentando se soltar acaba perdendo o equilíbrio e caindo no vão. Brett observa seu tombo e corre para o andar de baixo onde ela está desacordada no chão. Michael e Margaux olham para trás já chegando ao térreo, mas Brett faz sinal para que continuem. Ele chega perto de Carrie, e por alguns momentos a observa desacordada, passa a mão em sua cabeça, ficando alguns segundos em êxtase. Os enfermeiros vão descendo as escadas. Brett pega Carrie no colo e corre. Consegue sair da clínica, onde encontra Michael e Margaux já com o carro ligado. Deita Carrie no banco de trás e entra. Michael canta pneus, saindo da clínica. Passam pela placa que está escrito: “Woodsboro – Cuidamos do seu bem estar”, e Margaux solta a frase: “O pesadelo acabou!”
No pequeno aeroporto.
Dawnie, Sue e Leigh estão do lado de fora do galpão, escoltadas pelos dois capangas. Ao longe, perto de um jatinho aceso na pista, estão outros três homens, dois de terno e um outro, de sobretudo preto. Dawnie tenta, mas não consegue reconhecer nenhum deles. As três são praticamente empurradas até o avião. “Não sei mais se estou fazendo a coisa certa.” Lamenta Leigh para Dawnie.
“Tenha certeza que não está.”
Começa a tocar a música “Strong World - Ivri Lider featuring Idan Raichel”
As três são embarcadas. Dawnie tenta olhar bem para as fisionomias dos homens que estão perto do avião. O homem vestindo o sobretudo é Romeo, que a observa bastante enquanto é empurrada, quase à força pela pequena escada do avião. Já embarcadas, Romeo cumprimenta os outros dois homens que entram no avião em seguida. Romeo se afasta. Um deles fala algo em árabe para o piloto. O outro tranca a porta. Ignição. Dawnie observa Romeu parado na pista, pela janela, que acena contidamente para ela. O avião decola.
Câmera nos olhos de Dawnie com o nariz encostado na janela. Lágrimas. Câmera nos olhos de Romeo, inexpressivos.
Amanhece. Câmera percorre o prédio da Today.
Jonathan está na sala de reuniões com Charlie. Ela conta entusiasmada seu objetivo em querer escrever sua biografia. Ele não gosta muito da idéia, mas está visivelmente entusiasmado com o brilho nos olhos dela, chega quase a ficar hipnotizado.
“Sr. Remington? O senhor está bem?” Pergunta ela o despertando de seu quase transe.
“Gosto da idéia Charlie. Quando pode começar sua pesquisa?”
Charlie contêm-se em soltar um grito de entusiasmo.
Nesse momento Jonathan surpreende-se com certo rebuliço de vozes vindas do hall de entrada. Ele levanta-se e pede para que Charlie espere um minuto.
Margaux está entrando na revista com um grupo de advogados atrás. Tessie tenta avisá-la sobre a presença de Rachel e Jonathan. Mas a comitiva continua seguindo para sua sala.
Chegando lá Rachel está sentada à sua mesa. “O que pensa estar fazendo sentada aí?”
Rachel não entende o que está acontecendo.
“Aposto que deve ser alguma das vagabundas que dormem com Jonathan. Você não tem nem um minuto para tirar essa bunda de minha cadeira e sumir dessa revista.”
Os advogados expulsam Rachel da sala. Margaux senta-se.
Rachel vai direto atrás de Jonathan, o encontrando nos corredores.
“Jonathan, uma maluca adentrou minha sala e...”
“Acabou de conhecer Margaux.” Corta ele. Os dois seguem de volta à sala da diretoria. Jonathan pega o celular e liga para a clínica. Entram. Margaux percebe que o ex-marido está ligando para Woodsboro. “Não adianta, seu idiota. Estou completamente dentro da lei.” Ela o mostra documentos indicando sua sanidade. Jonathan desliga o celular na cara de algum médico.
“Agora precisamos ter uma conversinha.” Margaux manda os advogados para fora. “Você também piranha loura.” Apontando Rachel. Jonathan concorda para que saia. Margaux levanta-se, fecha a porta. “Sei que você está com o poder total sobre a Today. Mas pela lei, não pode tirar-me daqui, já que todos sabem que não sou nenhuma maluca. O que proponho é o seguinte: Você pode ter o poder em suas mãos, mas longe daqui. Não precisamos ficar um na presença do outro. Você comanda de fora, eu comando aqui dentro.”
“Concordo em ficar fora da revista, se Rachel dividir com você a diretoria.”
Margaux pára e pensa um pouco. Concorda, imaginando que irá tirá-la dali em pouquíssimo tempo.
“Pensar em dividir uma sala com você ou com sua putinha, prefiro quem eu possa esmagar.”
Jonathan levanta as sobrancelhas ignorando o comentário.
Angela, ao saber, não acredita na volta da mãe. Pega Rachel pelo braço e leva-a até sua sala.
“Não se preocupe. Juntas vamos tirar essa maluca daqui rapidinho.”
As duas apertam as mãos firmando uma aliança.
Wilshire Memorial Hospital.
Brett sentado ao lado da cama onde está Carrie. Ele está segurando uma de suas mãos quando ela dá sinal que está acordando. Brett se levanta. Carrie abre os olhos. A primeira coisa que vê é ele.
“Bom dia, dorminhoca! Não tente se levantar. Você levou um baita tombo. Ficou inconsciente por algumas horas, e quebrou algumas costelas.”
Carrie percebe não conseguir mover o tronco sem dor. Levanta a mão direita e toca a barba cerrada de Brett. Ele se inclina. Os dois se beijam.
Noite. Apartamento de Charlie.
Ela está preparando-se para tomar banho, quando batem à porta.
“Abra senhora. Polícia!”
Ela se assusta, reluta em abrir. Pega sua bolsa e esconde no armário. Abre a porta.
Os dois policiais dizem que está presa por falsificação. Viram-na e colocam algemas dizendo as famosas frases sobre seus direitos. Os olhos de Charlie ficam mareados.
West Hollywood. Hunt Club.
No camarim, Joe está se preparando para sua apresentação. Está transpirando nervosismo.
Marc, um outro stripper presente pergunta se ele está bem.
“Não se preocupe. Só um pouco nervoso.”
Marc vai até o canto onde está sua mochila e pega um vidro com comprimidos brancos. “Pegue um desses. Você vai se sentir muito melhor.”
“O que é isso?” Pergunta Joe segurando o vidro.
“Um presente. Pegue um.”
Joe reluta por um instante, mas abre o vidro e toma o comprimido, mesmo sem saber o que é.
Hotel de Dawnie.
Griffin pergunta na suja recepção sobre ela. O homem atrás do balcão diz que não a vê tem alguns dias. Griffin pede para ir até o quarto olhar se ela está por lá. Bate na porta, sem resposta. Pega o celular e tenta ligar, caindo novamente em sua caixa postal.
Movimento em West Hollywood. Ao som de “Ultra Nate – Free”
Nicholas acaba de chegar a uma boate de strippers. Vai até o bar, enquanto olha para o show e percebe que é Joe quem está dançando com um uniforme policial preto. Não acredita. Pára e fica apreciando o corpo do rapaz. Pensa: “Nunca tinha percebido como você é gostoso seu michêzinho.”
Dois homens o observam. Sorriem para Nick, que não pensa duas vezes em ir até eles. Conversam e fica nítido o interesse dos dois. Um deles fala algo em seu ouvido. Nicholas afirma com a cabeça. Os três se direcionam para sair do lugar.“Conheço um bom lugar aonde nós três iremos nos divertir muito. Prometo que não vão se arrepender!”
Chegam ao estacionamento. Ao abrir a porta do carro, um dos caras segura Nicholas por trás e o outro começa a socar sua cara. Ele fecha os olhos caindo desacordado. Os dois o colocam no banco de trás de seu carro. Scott aparece vindo de dentro da boate. “Fizeram um bom trabalho.” Ele dá notas de dinheiro para um deles. “Agora terminem o que combinamos.”
Os dois homens entram no carro e arrancam. Seguem até Mulholland Drive. Param o carro. Saem. Um deles o empurra em direção a uma grande ribanceira, com Nicholas ainda dentro. O carro despenca.
Inicia off de narração, ao som da música “Back to California – Sugarcult”.
Enquanto ouvimos a narração, vemos as imagens descritas abaixo:
“Sempre vivi em LA. Cresci vendo seus dias ensolarados, suas ruas movimentadas, sua gente maluca. Uma cidade extraordinária que um dia pode te passar a perna. Você chegará em casa e notará sua solidão...”
Mansão Remington.
Margaux chega em casa. Procura por Joe indo até o quarto dele e o encontra vazio. Senta na cama. Vê uma jersey vermelha de futebol americano jogada no chão. Pega-a e fica por alguns minutos sentindo o cheiro dele na roupa. Deita.
Narração:
“...Tive um casamento mágico. Um marido perfeito. Filhos incríveis.
Nessa cidade de terremotos, pequenos tremores acabam transformando essa felicidade. De uma hora para outra, você se vê em um casamento acabado, um marido desonesto e filhos inconseqüentes. A culpa deve ser desse ar quente inebriante de suas tardes.”
Hunt Club.
Joe está de cueca, no camarim, após as apresentações. Sentado numa cadeira, viajando fora de si por motivo da droga que tomou. Curte a sensação.
Narração:
“...Mas não pense que estar nessa prisão seja o último dia do resto de sua vida. LA pode ser uma cidade má mas também sabe acariciar quando é preciso.”
Delegacia. Câmera entrando num corredor de celas.
Entre prostitutas, Charlie está sentada no canto de uma das celas. Chorando.
Narração:
“...Divisão entre amores. Divisão de bens. Divisão de sentimentos. Numa equação onde o resultado final está apenas na soma de suas atitudes. Para sentir-se confortável nessa cidade, saiba escolher.”
Quarto de Angela.
Ela está dormindo no peito de Griffin. Ele acordado. Longe, pensativo e preocupado, fica imaginando onde estará Dawnie. Chega a entristecer-se. Suspira.
Narração:
“...Ainda vivo aqui, ainda tenho metas a cumprir e sonhos a alcançar.”
Escrito na primeira tela de créditos está:
“Gwen Williams, personagem do seriado Titans, vive em Los Angeles desde que nasceu.”
Ela está abrindo a porta e preparando-se para sair. Chama o elevador. Olha o relógio. Quando chega, dentro está Howard. Charlie recua.
“Difícil te encontrar por esses dias, não é loirinha?”
“Estou tendo dias cheios. Mas iria entrar em contato com você.”
“Acredito em você. Mas precisamos conversar agora.” Diz ele agarrando-a fortemente pelo braço e a puxando, com violência, para a sua porta. Ela reclama que ele a está machucando.
“Vai saber o que é ser machucada se continuar me enrolando!” Manda-a abrir a porta e a empurra para dentro.
Restaurante em Santa Mônica.
Griffin está jantando com Angela. Nota-se pelo brilho em seus olhos que está completamente apaixonada. Falando sem parar sobre arrumar um bom emprego para ele na Today, num tom autoritário. “Você não vai mais precisar ficar pulando de subemprego em subemprego. E principalmente, nunca mais sexo por dinheiro!”
Griffin olha para ela, fingindo ouvir tudo e concordar. Mas seu pensamento está longe, em Dawnie. Pede licença e levanta-se seguindo até o toalete. Dentro do banheiro pega o celular e liga. Ouve a caixa postal de Dawnie. Desliga pensativo. Minutos depois, ao retornar à mesa, Jonathan está sentado junto à filha.
“Papai chegou finalmente! Papai, este é Griffin.”
Um olha na cara do outro e se cumprimentam. Griffin senta-se. Jonathan logo traça seu perfil.
Ele faz algumas perguntas sobre trabalho para a filha ignorando a presença dele. O garçom o entrega um copo com uísque.
Griffin interrompe. “Gosto muito de algumas de suas publicações Sr. Remington. É realmente um prazer conhecê-lo pessoalmente.”
Jonathan pára. Olha para frente fitando-o. “Sinto não poder dizer o mesmo.” Vira-se para Angela. “Querida, não aprovo essa sua companhia.” Levanta-se dá um beijo no rosto dela e diz ter um compromisso. Sai. Angela vai atrás desconcertada. Griffin apóia a cabeça, com as mãos na nuca, recostando-se na cadeira.
Pasadena. Clínica Woodsboro.
Margaux está em seu quarto. O enfermeiro Kevin trás alguns medicamentos. Pára ao lado da cama, coloca a bandeja no criado mudo. Começa a preparar as pílulas. Margaux coloca a mão e alisa sua bunda. Aperta. Ele para o que está fazendo. Ela chega com os dedos no volume da frente de sua calça. Logo ele se excita e vai até a porta, trancando-a. Volta tirando a camisa e abrindo a braguilha. Vai se posicionando para que Margaux o chupe. Antes ela o segura. “Depois disso, você me tira daqui hoje!”.
Ele afirma que sim só balançando a cabeça. A segura pelo cabelo e começa o sexo oral.
Após o gozo, ajeita-se. Pega a bandeja. Deixa as pílulas indicadas. Margaux espera alguma reação.
“A que horas posso encontrá-lo? Como faremos?” Ele nada responde. Sai do quarto. Tranca a porta por fora. “Você precisa me tirar daqui!” grita ela dentro do quarto. Ele segue o corredor assoviando.
Amanhece. Imagens do tráfico ao caminho para o aeroporto ao som de “Love at First Sight - Kylie Minogue”
Carrie está no saguão do aeroporto olhando para o painel com os horários dos vôos. Dão um aviso que o vôo vindo de Cleveland pousou no horário marcado. Minutos depois Brett Cooper sai da área de desembarque. Carrie segura um papel escrito seu nome. Ele se aproxima, tira os óculos escuros.
“Se me dissesse que era tão bonita, teria vindo mais rápido!”
Carrie sorri. Saindo do saguão começa a explicá-lo toda a situação de Margaux.
Já no carro de Carrie.
“Terei o maior prazer em ajudar Margaux. Devo a ela minha transferência para Los Angeles anos atrás.”
“Tinha conhecimento disso. Por isso o contactei Doutor Cooper.”
“Por favor, pra você sou apenas Coop.”
“Vou deixá-lo no hotel. Estou atrasada para uma reunião na revista. Mais tarde nos encontramos para acertarmos tudo.”
“Sim. Eu preciso antes rever um amigo.”
Os dois continuam conversando sobre o assunto.
Santa Mônica Boulevard. West Hollywood.
Joe olha uma revista que tem nas mãos procurando pelo endereço do estabelecimento que procura.
Percebe que está em frente a ele. Um famoso e descolado gay club. Entra e pergunta informações sobre Juan, o dono do local.
Um dos faxineiros aponta para uma porta no final de uma escada. Joe sobe e bate.
Uma voz firme responde. “Entre!” Dentro da sala, encontra um homem de seus 45 anos, bigode, atrás de uma mesa falando ao telefone. Juan faz sinal para que se sente e espere. Após 10 minutos ao telefone, ele lhe dá atenção.
“Em que posso ajudá-lo?” pergunta levantando-se da mesa, mostrando certa hostilidade.
“Gostaria de um emprego aqui no seu club. Sou amigo de Brian DeSoto, que já trabalhou aqui por algum tempo e indicou-me...” Sem que pudesse terminar Juan o manda tirar a roupa.
Joe pensa por alguns segundos e acaba fazendo o que ele pediu.
“Só estou precisando de strippers no momento. Se souber dançar e for bem dotado, tem grandes chances de uma vaga.”
Joe arma um sorriso forçado e finaliza tirando a cueca. Juan observa e o manda virar de costas.
“Agora se você me fizer dar uma boa gozada, o emprego é seu!”
Joe fica visivelmente constrangido. Mas seu único pensamento é a necessidade da vaga.
Juan senta na poltrona gasta e empoeirada. Joe vai até ele e começa a tentar excitá-lo.
“Vamos... Sei que pode fazer muito melhor do que isso!”
Joe acaba numa transa forçada, sendo penetrado por Juan. Após o orgasmo, Juan segue para o banheiro: “Você começa hoje à noite”.
Hall de entrada da revista Today. A câmera segue Tessie, até a sala de reuniões.
Jonathan, com Rachel a seu lado, apresenta-a a toda equipe.
“A partir de hoje Rachel será meu braço direito e meus olhos aqui dentro da Today. Apesar de gostar muito dessa minha publicação, não é a única que possuo, e sendo assim não posso dar a atenção necessária para sua boa direção. Rachel Dennis é a nova diretora-executiva.”
Angela não reconhece as palavras do pai. Lança-lhe um olhar gelado. Nicholas não acredita no que acabou de ouvir. Os dois filhos se entreolham e trocam meia dúzia de gestos sugerindo preocupação. Jonathan senta-se e Rachel assume a reunião.
“A primeira coisa que gostaria que soubessem é que não cheguei aqui para colocar essa redação de cabeça para baixo, ou mesmo iniciar uma caça às bruxas. Todos irão continuar com seus respectivos cargos.”
Carrie, atrasada, entra apressada na sala. Leva um grande susto ao ver Rachel. As únicas palavras que consegue dizer é o nome dela. Respira fundo e senta.
“Carrie Fairchild! Atrasada como o usual. Pensou que fosse ficar livre de mim pra sempre, querida?” Todos os participantes da reunião ficam sem saber o porquê das farpas que estão sendo trocadas entre as duas. Jonathan levanta-se. “Para que todos compreendam, Rachel chefiava a revista onde Carrie era colunista, em NY.”
“Uma boa revista, onde estive por alguns anos numa bem sucedida direção.” Completa Rachel.
“E aposto que foi mandada embora pelo velho Allen, quando ele cansou de tê-la em sua cama.” Ironiza Carrie acendendo um cigarro. Rachel anda calmamente até ela. Tira o cigarro de seus dedos.
Apaga-o na mesa. “Não permito que fumem na minha presença.”
Carrie levanta-se, fica frente a frente com a antiga inimiga. Lança um olhar cínico. Dá um soco no nariz de Rachel, que caí no chão.
“Isso é por ter tornado minha vida um inferno. Há tempos queria ter dado o troco. Estamos quites!”
Jonathan e outros presentes acodem Rachel levantando-a. Seu nariz está com um pequeno sangramento, que ele limpa com um lenço.
Carrie já está na porta da sala quando Rachel grita que ela está despedida.
Melrose Avenue. Academia Hardbody.
Brian e Griffin conversam enquanto um ajuda o outro nas séries de musculação.
“Então você está gamadão na ricaça, é? Se deu bem!”
“Não cara! Não é na Angela que estou falando. É na Dawnie! Essa sim está acabando com meu sossego. Sabe, parece que temos uma conexão. Não consigo parar de pensar nela um segundo.”
Brian vai até um canto e pega algumas anilhas.
“E a Maggie, onde fica nisso tudo?”
Griff levanta do aparelho, limpa o suor da testa. “Maggie vai ser a mãe de meus filhos. Sempre vai estar aqui dentro.” Diz batendo no peito. “Mas a Dawnie é especial.” Pensa um pouco e rebate a pergunta. “E você cara? Quando é que vai se amarrar?”
“Tô curtindo alguém sim. Qualquer hora te apresento.” Brian senta no aparelho e começa a se exercitar.
Nicholas e Jonathan entrando em um restaurante. Downtown.
Jonathan diz estar muito preocupado com Angela e o seu novo casinho. “Precisamos abrir os olhos de sua irmã em relação a esse aproveitador.”
Um bonito e jovem garçom leva os dois até uma mesa. Nicholas cruza olhares com ele. Sentam.
“Angela já está bem crescidinha para ficarmos de babá. Ela não é mais uma adolescente ingênua.” “Tenho certeza que esse tal de Griffin está armando alguma. Um prostituto!”
“Olha só quem está falando! Jonathan Remington, o rei das prostitutas. Papai poupe-me de seus comentários hipócritas. Se esse cara aprontar alguma pra cima dela, aí sim tomamos providências. Deixe sua filha transar um pouco, tirar as teias de aranha”.
“Não gosto da maneira que você fala. Tenha mais classe.” O telefone de Jonathan toca.
É Charlie querendo marcar um encontro de negócios. Ele cede e marca para se encontrarem no dia seguinte na Today. Enquanto Jonathan está distraído com ela, o garçom chega trazendo os cardápios. Nicholas diz que precisa ir ao banheiro e ao levantar-se passa a mão na perna do cara. O garçom o segue e se encontram no banheiro masculino. Nicholas o coloca escorando a porta, e começa a beijá-lo tirando sua camisa.
Imagens da cidade anoitecendo, as luzes se acendendo ao som de “When You’re Gone – Brian Adams with Melanie C”. Câmera entrando no condomínio Melrose Place.
Brett Cooper está entrando no portão quando cruza com Megan. Ela se assusta ao vê-lo, mas não consegue esconder um sorriso. “Coop! O que está fazendo aqui em Los Angeles?”
“Visita rápida para matar saudades de velhos amigos.” Se abraçam. Ele dá um beijo em sua face mostrando o carinho ainda existente entre os dois. Conversam por alguns minutos. Ela conta sobre sua galeria de arte e a gravidez. Brett fica feliz ao saber das novidades. Ele pergunta sobre Michael Mancini. Megan aponta uma das portas verdes. Despedem-se. Ao passar pelo pátio da piscina Brett relembra algumas pessoas que teve contato quando viveu ali. Sente-se bem com essa nostalgia. Bate no apartamento indicado por Megan. Michael abre a porta e quase não acredita ao vê-lo. “Quem é vivo sempre aparece!” Os dois se abraçam e Michael o convida a entrar.
“Não tenho muito tempo, Michael. Preciso da sua ajuda.” Michael solta um sorriso vitorioso por ter chegado esse momento: O dia em que Brett Cooper precisaria de sua ajuda. Começa a ouvir tudo sobre Margaux e o plano para tirá-la da clínica Woodsboro.
Galpão onde está Dawnie.
Ela, Leigh e Sue já estão mais entrosadas. As duas não compreendem como Leigh está ali por vontade própria.
“Você não tem nem idéia pra onde estão nos mandando. Como pode ser tão inconseqüente?” Diz Dawnie balançando a cabeça.
“Não tenho nada aqui em Los Angeles. E essa possibilidade de uma vida nova lá fora parece uma grande oportunidade.”
“Coloque teus pés no chão! Prostituição, escravidão sexual. Você está indo pro inferno!”
Dawnie continua discutindo e são interrompidas por um barulho de avião pousando, percebendo, então, que estão perto de algum aeroporto.
“Precisamos escapar daqui! Sue, pare de choramingar e ajude-me a procurar alguma janela nesse lugar. Vamos!” As duas começam a tatear as paredes sujas do escuro local. Leigh acende um isqueiro e senta no chão. “Daria tudo por um cigarro.”
Pasadena.
Michael e Brett estão no carro de Carrie. Os três passam pela placa de entrada da clínica.
Brett está visivelmente preocupado. “Você tem certeza que conseguiu nosso passe de entrada Michael?”
“Não me subestime Brett. Fiz minha parte.”
Carrie estaciona o carro na frente da entrada da clínica. “Parem de discussão vocês dois. Vamos começar nosso show.” Os três seguem até a recepção. Brett abraça Carrie e Michael, vestindo um jaleco, vai à frente.
“Boa noite. Meu nome é Dr. Mancini e fiz uma reserva para a senhora Betsy Shaw.”
Ao ouvir o nome inventado, Brett olha zangado para a cara de Michael e sussurra:
“Nenhum respeito pelos mortos, Michael!”
A recepcionista checa a reserva. E chama um enfermeiro para levá-los ao quarto. O mesmo enfermeiro, Kevin, que se aproveitou de Margaux. Ao assinar o livro de internação, Michael procura pelo nome de Margaux e descobre em que quarto ela está. Passam por grandes corredores. Carrie observa todas as portas. Sobem uma grande escadaria para o segundo andar. Ao chegar ao quarto indicado, Kevin destranca a porta. Brett percebe que ele deixa a chave na fechadura. Ele e Michael entram no quarto junto do enfermeiro. “Agora!” grita Brett. Os dois seguram o brutamonte e o jogam na cama. Saem correndo do quarto e Carrie tranca a porta por fora.
“Quarto 328. Terceiro andar.” Fala Michael, com os três já correndo em direção à escada, enquanto ouvimos o enfermeiro esmurrando a porta.
Imagens de um pequeno aeroporto clandestino nos arredores da cidade. Descobre-se ser ali o cativeiro de Dawnie.
Ela e Sue conseguem achar uma janela quebrada e destrancada. Tentam escapar com dificuldade pelo pequeno espaço que oferece passagem. Dawnie consegue empurrar Sue para fora. Leva um susto quando um barulho de portas de ferro se abrindo ecoa no galpão. A luz adentra o lugar. Dois homens entram e logo percebem o que estava se passando. Um deles faz sinal para que o outro vá para fora atrás de Sue. Leigh continua em seu canto sentada. Um deles vai até Dawnie e a agarra, jogando-a na parede. “Não vai escapar vagabunda!” Sue é trazida para dentro pelo outro homem. Está chorando em soluços. Também é jogada ao lado de Dawnie. Os dois afastam-se delas e fazem uma ligação. Sue e Dawnie se abraçam. Leigh observa tudo. Os homens retornam até elas dizendo, um para o outro, que eles ainda têm uma hora antes do horário marcado. Entreolham-se e apontam para Sue. Um deles a puxa e a coloca nas costas. “Vamos brincar um pouquinho piranha.” Diz batendo com a mão em sua bunda. Sue se desespera, gritando para que Dawnie a ajude. Mas o pavor toma conta até mesmo de Leigh, que aproxima-se de Dawnie. Os dois brutamontes colocam Sue em cima de uma mesa, abrem seus cintos e desabotoam seus jeans. Enquanto um segura a jovem, que se debate e grita desesperadamente, o outro tapa sua boca com uma das mãos e com a outra a imobiliza. Eles a estupram várias vezes revezadamente.
A câmera foca nos olhos apavorados de Sue e depois de Dawnie que está abraçada com Leigh.
Clínica Woodsboro.
Carrie abraça Margaux ao entrar em seu quarto. Brett diz que precisam sair logo dali.
Os quatro começam a percorrer o corredor que vai dar na escadaria. Ouvem gritos vindos não de muito longe. Enfermeiros começam a aparecer, entre eles o que trancaram no quarto.
Michael desce as escadarias puxando Margaux, Brett vai logo atrás. Um dos enfermeiros agarra o braço de Carrie, encostando-a na mureta da escada. Na briga, tentando se soltar acaba perdendo o equilíbrio e caindo no vão. Brett observa seu tombo e corre para o andar de baixo onde ela está desacordada no chão. Michael e Margaux olham para trás já chegando ao térreo, mas Brett faz sinal para que continuem. Ele chega perto de Carrie, e por alguns momentos a observa desacordada, passa a mão em sua cabeça, ficando alguns segundos em êxtase. Os enfermeiros vão descendo as escadas. Brett pega Carrie no colo e corre. Consegue sair da clínica, onde encontra Michael e Margaux já com o carro ligado. Deita Carrie no banco de trás e entra. Michael canta pneus, saindo da clínica. Passam pela placa que está escrito: “Woodsboro – Cuidamos do seu bem estar”, e Margaux solta a frase: “O pesadelo acabou!”
No pequeno aeroporto.
Dawnie, Sue e Leigh estão do lado de fora do galpão, escoltadas pelos dois capangas. Ao longe, perto de um jatinho aceso na pista, estão outros três homens, dois de terno e um outro, de sobretudo preto. Dawnie tenta, mas não consegue reconhecer nenhum deles. As três são praticamente empurradas até o avião. “Não sei mais se estou fazendo a coisa certa.” Lamenta Leigh para Dawnie.
“Tenha certeza que não está.”
Começa a tocar a música “Strong World - Ivri Lider featuring Idan Raichel”
As três são embarcadas. Dawnie tenta olhar bem para as fisionomias dos homens que estão perto do avião. O homem vestindo o sobretudo é Romeo, que a observa bastante enquanto é empurrada, quase à força pela pequena escada do avião. Já embarcadas, Romeo cumprimenta os outros dois homens que entram no avião em seguida. Romeo se afasta. Um deles fala algo em árabe para o piloto. O outro tranca a porta. Ignição. Dawnie observa Romeu parado na pista, pela janela, que acena contidamente para ela. O avião decola.
Câmera nos olhos de Dawnie com o nariz encostado na janela. Lágrimas. Câmera nos olhos de Romeo, inexpressivos.
Amanhece. Câmera percorre o prédio da Today.
Jonathan está na sala de reuniões com Charlie. Ela conta entusiasmada seu objetivo em querer escrever sua biografia. Ele não gosta muito da idéia, mas está visivelmente entusiasmado com o brilho nos olhos dela, chega quase a ficar hipnotizado.
“Sr. Remington? O senhor está bem?” Pergunta ela o despertando de seu quase transe.
“Gosto da idéia Charlie. Quando pode começar sua pesquisa?”
Charlie contêm-se em soltar um grito de entusiasmo.
Nesse momento Jonathan surpreende-se com certo rebuliço de vozes vindas do hall de entrada. Ele levanta-se e pede para que Charlie espere um minuto.
Margaux está entrando na revista com um grupo de advogados atrás. Tessie tenta avisá-la sobre a presença de Rachel e Jonathan. Mas a comitiva continua seguindo para sua sala.
Chegando lá Rachel está sentada à sua mesa. “O que pensa estar fazendo sentada aí?”
Rachel não entende o que está acontecendo.
“Aposto que deve ser alguma das vagabundas que dormem com Jonathan. Você não tem nem um minuto para tirar essa bunda de minha cadeira e sumir dessa revista.”
Os advogados expulsam Rachel da sala. Margaux senta-se.
Rachel vai direto atrás de Jonathan, o encontrando nos corredores.
“Jonathan, uma maluca adentrou minha sala e...”
“Acabou de conhecer Margaux.” Corta ele. Os dois seguem de volta à sala da diretoria. Jonathan pega o celular e liga para a clínica. Entram. Margaux percebe que o ex-marido está ligando para Woodsboro. “Não adianta, seu idiota. Estou completamente dentro da lei.” Ela o mostra documentos indicando sua sanidade. Jonathan desliga o celular na cara de algum médico.
“Agora precisamos ter uma conversinha.” Margaux manda os advogados para fora. “Você também piranha loura.” Apontando Rachel. Jonathan concorda para que saia. Margaux levanta-se, fecha a porta. “Sei que você está com o poder total sobre a Today. Mas pela lei, não pode tirar-me daqui, já que todos sabem que não sou nenhuma maluca. O que proponho é o seguinte: Você pode ter o poder em suas mãos, mas longe daqui. Não precisamos ficar um na presença do outro. Você comanda de fora, eu comando aqui dentro.”
“Concordo em ficar fora da revista, se Rachel dividir com você a diretoria.”
Margaux pára e pensa um pouco. Concorda, imaginando que irá tirá-la dali em pouquíssimo tempo.
“Pensar em dividir uma sala com você ou com sua putinha, prefiro quem eu possa esmagar.”
Jonathan levanta as sobrancelhas ignorando o comentário.
Angela, ao saber, não acredita na volta da mãe. Pega Rachel pelo braço e leva-a até sua sala.
“Não se preocupe. Juntas vamos tirar essa maluca daqui rapidinho.”
As duas apertam as mãos firmando uma aliança.
Wilshire Memorial Hospital.
Brett sentado ao lado da cama onde está Carrie. Ele está segurando uma de suas mãos quando ela dá sinal que está acordando. Brett se levanta. Carrie abre os olhos. A primeira coisa que vê é ele.
“Bom dia, dorminhoca! Não tente se levantar. Você levou um baita tombo. Ficou inconsciente por algumas horas, e quebrou algumas costelas.”
Carrie percebe não conseguir mover o tronco sem dor. Levanta a mão direita e toca a barba cerrada de Brett. Ele se inclina. Os dois se beijam.
Noite. Apartamento de Charlie.
Ela está preparando-se para tomar banho, quando batem à porta.
“Abra senhora. Polícia!”
Ela se assusta, reluta em abrir. Pega sua bolsa e esconde no armário. Abre a porta.
Os dois policiais dizem que está presa por falsificação. Viram-na e colocam algemas dizendo as famosas frases sobre seus direitos. Os olhos de Charlie ficam mareados.
West Hollywood. Hunt Club.
No camarim, Joe está se preparando para sua apresentação. Está transpirando nervosismo.
Marc, um outro stripper presente pergunta se ele está bem.
“Não se preocupe. Só um pouco nervoso.”
Marc vai até o canto onde está sua mochila e pega um vidro com comprimidos brancos. “Pegue um desses. Você vai se sentir muito melhor.”
“O que é isso?” Pergunta Joe segurando o vidro.
“Um presente. Pegue um.”
Joe reluta por um instante, mas abre o vidro e toma o comprimido, mesmo sem saber o que é.
Hotel de Dawnie.
Griffin pergunta na suja recepção sobre ela. O homem atrás do balcão diz que não a vê tem alguns dias. Griffin pede para ir até o quarto olhar se ela está por lá. Bate na porta, sem resposta. Pega o celular e tenta ligar, caindo novamente em sua caixa postal.
Movimento em West Hollywood. Ao som de “Ultra Nate – Free”
Nicholas acaba de chegar a uma boate de strippers. Vai até o bar, enquanto olha para o show e percebe que é Joe quem está dançando com um uniforme policial preto. Não acredita. Pára e fica apreciando o corpo do rapaz. Pensa: “Nunca tinha percebido como você é gostoso seu michêzinho.”
Dois homens o observam. Sorriem para Nick, que não pensa duas vezes em ir até eles. Conversam e fica nítido o interesse dos dois. Um deles fala algo em seu ouvido. Nicholas afirma com a cabeça. Os três se direcionam para sair do lugar.“Conheço um bom lugar aonde nós três iremos nos divertir muito. Prometo que não vão se arrepender!”
Chegam ao estacionamento. Ao abrir a porta do carro, um dos caras segura Nicholas por trás e o outro começa a socar sua cara. Ele fecha os olhos caindo desacordado. Os dois o colocam no banco de trás de seu carro. Scott aparece vindo de dentro da boate. “Fizeram um bom trabalho.” Ele dá notas de dinheiro para um deles. “Agora terminem o que combinamos.”
Os dois homens entram no carro e arrancam. Seguem até Mulholland Drive. Param o carro. Saem. Um deles o empurra em direção a uma grande ribanceira, com Nicholas ainda dentro. O carro despenca.
Inicia off de narração, ao som da música “Back to California – Sugarcult”.
Enquanto ouvimos a narração, vemos as imagens descritas abaixo:
“Sempre vivi em LA. Cresci vendo seus dias ensolarados, suas ruas movimentadas, sua gente maluca. Uma cidade extraordinária que um dia pode te passar a perna. Você chegará em casa e notará sua solidão...”
Mansão Remington.
Margaux chega em casa. Procura por Joe indo até o quarto dele e o encontra vazio. Senta na cama. Vê uma jersey vermelha de futebol americano jogada no chão. Pega-a e fica por alguns minutos sentindo o cheiro dele na roupa. Deita.
Narração:
“...Tive um casamento mágico. Um marido perfeito. Filhos incríveis.
Nessa cidade de terremotos, pequenos tremores acabam transformando essa felicidade. De uma hora para outra, você se vê em um casamento acabado, um marido desonesto e filhos inconseqüentes. A culpa deve ser desse ar quente inebriante de suas tardes.”
Hunt Club.
Joe está de cueca, no camarim, após as apresentações. Sentado numa cadeira, viajando fora de si por motivo da droga que tomou. Curte a sensação.
Narração:
“...Mas não pense que estar nessa prisão seja o último dia do resto de sua vida. LA pode ser uma cidade má mas também sabe acariciar quando é preciso.”
Delegacia. Câmera entrando num corredor de celas.
Entre prostitutas, Charlie está sentada no canto de uma das celas. Chorando.
Narração:
“...Divisão entre amores. Divisão de bens. Divisão de sentimentos. Numa equação onde o resultado final está apenas na soma de suas atitudes. Para sentir-se confortável nessa cidade, saiba escolher.”
Quarto de Angela.
Ela está dormindo no peito de Griffin. Ele acordado. Longe, pensativo e preocupado, fica imaginando onde estará Dawnie. Chega a entristecer-se. Suspira.
Narração:
“...Ainda vivo aqui, ainda tenho metas a cumprir e sonhos a alcançar.”
Escrito na primeira tela de créditos está:
“Gwen Williams, personagem do seriado Titans, vive em Los Angeles desde que nasceu.”
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