Noite. Imagens de Riyadh - Arábia Saudita, chegando até o palácio do sultão Khalaf. Ao som de “Habibi – AmrDiab”
O sultão entrega a Dawnie o drink envenenado. Ela pega a taça, levanta-a brindando e bebe o líquido em rápidos goles. Leigh e Sue observam de longe invejando ela ter sido a escolhida. Khalaf chega mais perto e toma a iniciativa de beijá-la, mas ao tocar sua bochecha, sente o corte camuflado pela maquiagem. Faz uma cara de nojo e explode esbravejando palavrões em árabe. Ordena que Shadiyah aproxime-se e pare ao seu lado. Ela chega já de cabeça baixa e ele a esbofeteia dizendo que só gosta de mulheres perfeitas. Shadiyah fica de joelhos, começa a chorar e abraça as pernas do sultão. Khalaf a chuta. Vira-se para Dawnie, que está amedrontada, dá-lhe uma forte bofetada e cospe em sua face, saindo em seguida, puxando Shadiyah pelos cabelos.
“Quero a de olhos claros em meu quarto!” Diz ele apontando para Leigh. “E você sabe o que fazer com a retalhada.” Shadiyah, com lágrimas em seus olhos consente, e olha para trás, vendo Dawnie ao fundo, estática. Palavreados baixos árabes ainda ecoam o salão.
Los Angeles - California. Prédio do tablóide LA Undercover.
Charlie está trabalhando em sua mesa, quando Edward a chama em sua sala. Ela logo obedece, entrando e sentando em frente à mesa do chefe. Ele olha descaradamente para suas pernas, e ajeita o pênis na calça. “Tenho um servicinho para você, menina. Está acontecendo uma convenção de lingeries em Santa Bárbara, quero que você cubra. Pamela Anderson estará apresentando e...” Charlie o interrompe: “Mas estou finalizando a matéria sobre a lavagem de dinheiro em Rodeo Drive.”
“Não se preocupe, Mike pode terminar isso. Você irá para Santa Barbara imediatamente.”
“Sr. Edward, eu gostaria de terminar minha matéria. Não é justo!”
Edward levanta-se, rodeando a mesa, dizendo o nome dela repetidas vezes. Pára ao seu lado.
“Podemos entrar num acordo, então, se quisermos.” Diz ele encostando o pênis, meio enrijecido dentro da calça polida, em sua face. “Temos uma hora de almoço e um motelzinho aqui na calçada da frente pra brincarmos um pouquinho.”
Charlie levanta-se e dá uma joelhada em seu saco. Ele se agacha no chão urrando de dor.
“Não precisa me despedir Edward, eu me demito!” Sai da sala passando por cima dele.
Fora do prédio, pega o celular e completa uma ligação. Ouve a mensagem da caixa postal, e deixa um recado: “Jonathan, sou eu, Charlie. Aceito sua proposta de emprego. Depois nos falamos.”
Ela desliga, procura por outro número no celular e faz a ligação. “Howard, já estou dentro da Today!”
Hall de entrada da Today.
Rachel vai até a mesa de Tessie e diz que elas precisam ter uma rápida e esclarecedora conversa. As duas seguem para sua sala. Chegando lá, Rachel senta-se e diz para ela fazer o mesmo, ficar à vontade, pois por ela, Tessie não estaria a tanto tempo apenas como uma secretária.
“Você pode crescer muito aqui dentro, se seguir os caminhos dados, e estar do lado das pessoas certas. Tenho uma proposta a lhe fazer.” Tessie gosta do que ouve, e fica entusiasmada.
“Esteja do meu lado, minha cara, e vai se dar muito bem aqui dentro. Soube que você é formada em publicidade. Por que não se candidata a uma vaga no departamento aqui da revista? Conhecendo as pessoas certas, não teria como ser reprovada.” Tessie balança a cabeça afirmativamente. Rachel levanta-se, vai até a jarra de água, enche um copo, entrega a ela. “Mudando de assunto, você saberia onde ficam as chaves daqueles arquivos trancados na sala de Margaux?”
Tessie cruza as pernas, bebe um gole da água, respira fundo e se ajeita na cadeira, dando a entender que realmente quer estar do lado de Rachel.
Riyadh. Imagens do palácio.
Sue, Leigh e Dawnie conversam num canto do salão onde ainda estão alguns convidados. Shadiyah entra com dois seguranças atrás, seguindo até as três. Um dos seguranças pega Leigh, outro Sue, e Shadiyah pega Dawnie pelo braço. Em um grande corredor, as duas se separam dos seguranças, Sue e Leigh. Shadiyah a empurra para dentro de um banheiro, colocando sua cabeça dentro de uma pia à força. “Você bebeu veneno! Se não colocar tudo para fora agora, estará morta em pouco tempo.” Dawnie fica apavorada com o que acabara de ouvir. Não pensa duas vezes em colocar o dedo na goela e vomitar todo o líquido. Tosse bastante. Joga o cabelo para trás, com as mãos e lava o rosto. “Por que está me ajudando?”
“Cansei da maneira com que Khalaf me trata. Sou uma de suas esposas, mas isso já está indo longe demais.”
“Porque não se separa dele então?”
“As coisas por aqui não são tão simples como no seu ocidente. Mas irei te ajudar, se você estiver disposta a fazer o mesmo.” Dawnie aceita o acordo. As duas saem do banheiro.
“Leigh e Sue, precisamos ajudá-las também.” Argumenta Dawnie.
“Aquela de olhos verdes não tem mais chances. Já deve estar sendo preparada.”
“Preparada para passar a noite com Khalaf? Então ela amanhã estará livre!” Entusiasma-se.
“Abaixe a cabeça!” Ordena Shadiyah, quando passam por quatro seguranças. Descem uma grande escadaria, e acabam chegando aos subterrâneos do palácio. Dawnie é colocada em uma cela ao lado de onde está Sue. As duas dão as mãos pelo pequeno espaço existente entre suas celas.
Shadiyah sussurra para Dawnie para estar preparada, ainda nesta noite.
Beverly Hills. Mansão Remington. Quarto de Margaux.
Ela acorda ao lado de Joe. Levanta-se dizendo que está atrasada para uma reunião na revista, e que depois da presença de Rachel Dennis, as coisas estão um pouco fora de seu controle por lá. Não deixa de chamá-la de vaca várias vezes. Joe, sonolento, não dá muita atenção. Apenas quando ela está para sair do quarto, ele desperta e a chama.
“Vai sem me dar um beijo?”
Margaux fica tocada com a frase do menino, volta, senta na cama e o beija.
“Não esqueça do dinheiro que te pedi Margaux.”
Ela abre a bolsa e lhe entrega algumas notas de cem dólares. Assim que sai do quarto, Joe pega o celular e liga para Marc. “Oi, cara, sou eu. Estou precisando de suprimentos. Estou na fissura aqui. Posso te encontrar em meia hora?”
Imagens em alta velocidade, saindo de Beverly Hills e chegando ao bairro de Bel-Air. Loft de Carrie. Ao som de “Every Shade of Blue – Bananarama”
Ela e Brett estão tomando café. Ela não consegue esconder sua felicidade por terem passado a noite juntos.
“Eu também adorei nossa primeira noite. Acho que minha estadia aqui em Los Angeles não será tão rápida como eu esperava.” Diz ele levantando-se, abraçando-a por trás e beijando sua cabeça. Ela olha o relógio e pula da cadeira dizendo estar atrasada.
“Você precisa abstrair um pouco todos esses compromissos profissionais. E nem pense em não aceitar ordens médicas!” Ela sorri e o beija. “Por que não saímos para um final de semana no deserto. Só nós dois, a lua, um saco de dormir sob as estrelas?”
Carrie aceita, respondendo que seriam ótimos alguns dias fora da cidade. Brett comemora a pegando no colo. Ela dá um grito e os dois caem no sofá.
Aeroporto de Riyadh.
Romeo desembarca. Olha o relógio, muito preocupado. Sai do aeroporto e entra em um táxi.
Pega o celular e completa uma ligação para Mimi. Ela está em seu escritório quando seu aparelho toca. Pega o celular, notando que é dele a ligação reluta em atender. Toca insistentemente fazendo-a aceitar. “Romeu, querido! Onde você está que não o encontro?”
“Numa viagem de última hora. Negócios Mimi.”
“Espero que não sejam negócios furados!” Ironiza ela.
“Mimi, não posso falar por muito mais tempo. Preciso do nome de algum de seus contatos em Riyadh.”
Fazendo-se de despercebida ela pergunta: “Você está na Arábia? Algum problema com nosso último carregamento?”
“Tivemos problemas sim. Estou aqui para resolvê-lo.”
Mimi diz um nome e um telefone, os quais ele anota. Assim que desligam, ela faz outra ligação.
No visor do celular lemos Jonathan Remington.
“John, como vai? Tenho péssimas notícias. Talvez Romeo esteja colocando nossos negócios em risco!”
Arábia Saudita. Subterrâneos do palácio de Khalaf.
Dawnie acorda com um susto quando a luz da cela de Sue acende. Pelo pequeno buraco ela vê quando entram dois seguranças e a pegam à força. Tiram-na e a levam para uma sala a poucos metros dali. Sue está aos gritos. Dawnie não entende o que está acontecendo. Shadiyah aparece e abre a cela. “Rápido, não temos muito tempo!” As duas saem correndo pelos corredores. Quando Dawnie passa na frente da sala de onde sai os gritos de Sue, ela vê de relance os brutamontes a estuprando. Pára e diz que precisam fazer alguma coisa. “Sua idiota! Não vê que tive que sacrificar sua amiga para salvá-la? Eu a dei de presente para eles. Irão divertir-se com ela a noite toda. Certamente ela estará morta ao amanhecer. Não queira saber o número de seguranças existentes no palácio, sedentos por sexo com uma americana. Todos irão usá-la incessantemente, enquanto existir algum estímulo de vida naquele corpo.” “Eu não posso permitir isso!” “É você ou ela!”
Inicia a música “Bo – Ivri Lider”.
Os olhos de Dawnie enchem-se de lágrimas. Ela coloca a mão cobrindo a boca. As duas continuam a correr, com os gritos de Sue ecoando nos corredores escuros. Shadiyah a leva para a ala nobre do palácio, escondendo-a num dos quartos. Entrega-lhe algumas pesadas roupas muçulmanas e diz que quanto menos aparecer do seu corpo, melhor. Shadiyah sai do quarto dizendo voltar logo. Dawnie veste-se, ficando apenas com seus olhos à mostra. Senta-se na cama. Chora um pouco. Respira fundo tentando conter o desespero. Desobedece, saindo do quarto. Segue pelo corredor. Percebe um movimento em um dos cômodos à frente. Esconde-se. Vê Khalaf sair, seguindo um segurança. Dawnie corre e entra no local, na esperança de encontrar Leigh. Percebe alguém deitado na cama. Chega perto, retira o lençol e a vê nua, morta, com hematomas por todo o corpo, e a boca profundamente cortada. Dawnie cai ao chão de pavor. Não consegue mais conter seu desespero. Chora.
Continua a música.
Ao sair do quarto alguém a intercepta por trás. Leva um susto. Shadiyah briga por tê-la desobedecido.
“Ela está morta! Leigh está morta! O que fizeram com ela?”
“Necrofilia. Você escapou por pouco. Vamos descer agora e sairemos do palácio.”
Ao terminarem as escadas, elas observam Khalaf escoltado por dois seguranças, conversando com Romeo. Dawnie o reconhece. As duas tentam seguir despercebidas. Mas Khalaf as vê e chama Shadiyah.
Cessa a música.
“Shadiyah, quero que mostre a saída para este senhor. Quem ele procura não se encontra mais nesse palácio.” Romeo não acredita nas palavras de Khalaf e tenta argumentar, mas quando os seguranças tocam em suas armas, ele recua e segue a mulher. No caminho Dawnie se junta a eles.
Os três chegam à porta. Dawnie diz que conhece Romeo, tirando a burca e mostrando seu rosto.
Romeo quase não acredita ao vê-la. Abre um sorriso e a abraça. Ela não entende e tenta se esquivar.
“Precisamos de um lugar seguro para ficar.” Diz ele para Shadiyah.
“Tenho o que precisam, mas também necessitarei de sua ajuda para sair do país.”
Romeo concorda. Os três conseguem sair do palácio.
Los Angeles. Imagens do letreiro de Hollywood ao som de “Uptown Girl – Westlife”
Today. Sala de Angela.
Ela está dando a Griffin seu novo equipamento de trabalho. Modernas câmeras fotográficas.
“Estou tão feliz por começar a trabalhar ao meu lado! Adoro a idéia de estar com você tantas horas por dia.” Ele não parece dar muita atenção a suas palavras. Ela senta-se na mesa, abre a agenda e começa a falar sobre seu primeiro trabalho. “A sessão de fotos para a matéria de capa do mês que vem. Você irá fotografar Ron Maxwell, um forte empresário da noite daqui de Los Angeles.”
Margaux entra na sala e diz que a reunião com Hillary Michaels irá começar. Angela diz que só precisa dar um telefonema antes. Griffin a beija no rosto, pega o seu equipamento e sai junto com Margaux.
Hall de entrada da revista.
Jonathan chega com Charlie. Apresenta-a para Tessie e pede para ela lhe mostrar todo o lugar, depois segue sozinho para a sala de Rachel.
“John! Prazer em revê-lo.” Ele a agarra pela cintura e a beija. Ela fica sem jeito com sua atitude.
“Não aqui, por favor! Não quero que os boatos, de estar aqui na Today por dormir com você, aumentem.”
“E não é verdade?”
Depois da pergunta ela respira fundo e o esbofeteia.
“Estou aqui por minha competência!”
“Mas é claro que está!” Diz ele a pegando com força nos braços, levantando sua saia e enfiando a mão em sua calcinha. Rachel consente. Os dois se beijam. Ele tranca a porta da sala, a joga no sofá, abre suas pernas com as mãos e começa um sexo oral. Rachel geme baixinho.
Rodovia saindo de Los Angeles.
Brian dirigindo o Land Rover de Scott, com ele ao lado e Nicholas amarrado no banco de trás.
Scott desliga o celular e diz que tudo está correndo como o combinado. Olha para trás e tira sarro de Nicholas. “Você pensou mesmo que eu estava apaixonado por você? Mas é muito otário! Quando é que vai aprender que esse seu ego exacerbado enche o saco? Seu único atrativo é sua grana. E que essa sua obsessão por sexo é uma doença. É isso que você é Nicholas Remington: Um doente!”
Brian solta risadas, na direção. Scott não pára seu discurso por minutos. Nicholas fecha os olhos e sente uma terrível sensação de abandono misturado com desespero.
“Por mim eu tinha te deixado morrer lá naquela ribanceira em Mulholland Drive, quando mandei te empurrarem. Mas não estou sozinho nesse esquema, e não me deixaram acabar com você naquele dia.” Brian liga o rádio, entediado com o monólogo de Scott.
Está tocando a música “Hush – Kula Shaker”
“Não precisa se preocupar, seu veadinho escroto. Você vai aprender a virar homem rapidinho.”
Diz Scott pegando os bagos de Nick e apertando com força. Escorre uma lágrima dos olhos dele.
Passam por uma placa onde está escrito: Próxima saída - Santa Clarita.
Hunt Club.
Marc está ensaiando seu número no palco, vestido de cowboy. Joe está sentado em uma das mesas na platéia, preparando uma carreira de coca. Cheira. Suspira. Recosta na cadeira. Sente-se nas nuvens. “Cara, isso é muito bom!”
Marc desce do palco, pega uma toalha, que está em cima da mesa, enxuga a testa. “Vai com calma Joe. Você já quase empacotou, brother.”
“Não se preocupe, cowboy, estou aprendendo como se faz. O Joe aqui já está virando profissa no assunto.” Cheira mais uma carreira. Coça o nariz com a palma da mão. “Meu único problema agora é conseguir mais grana pra ter sempre essas belezinhas na minha mão. Mas eu dou um jeito.”
“Então vai continuar a dançar aqui, mesmo depois de fazer as pazes com sua mãe?”
Joe relembra que realmente mentiu para Marc que Margaux era sua mãe, e que ele era um dos Remington.
“Vou continuar por aqui sim. É uma grana fácil.”
“Mais fácil ainda é arrumar uns coroas pra meter. Comendo os caras certos, pinta muito dinheiro!”
“Programa eu tô fora! Não é comigo, não.”
“Você é quem sabe.” O celular de Marc toca, ele olha, vê que é chamada de um cliente. Diz que está atrasado e corre para o camarim para tomar banho.
Joe dá mais um teco e fica viajando, sozinho no lugar.
Riyadh. Pequena sacada de um pequeno apartamento afastado da cidade.
Romeo está olhando o céu estrelado e a lua. Dawnie se aproxima.
“Sempre tive curiosidade de ver o tão famoso luar da Arábia, mas não nessa situação.”
“Porque você está nos ajudando Romeo?” Pergunta ela parando ao seu lado.
“Nem eu sei te responder essa pergunta.” Ele a olha nos olhos. Passa a mão em seu rosto. Ela se sente um pouco desconfortável com seu gesto. Mas devido a sua fragilidade ali, acaba aceitando o abraço aconchegante dele. Encosta em seu peito, como se sentisse pela primeira vez protegida naquele lugar estranho. Ficam assim, em silêncio, na penumbra, por vários minutos. Até serem interrompidos por Shadiyah, que chega à sacada.
“Já está tudo acertado. As passagens estão compradas. Pela manhã embarcamos e você estará livre do sultão, na América.”
Shadiyah conforta-se com as palavras de Romeo, entra e vai dormir. Romeo olha para Dawnie ainda em seu peito, ela está de olhos fechados. Ele beija sua testa. Olha a lua mais uma vez.
Los Angeles - Sala de reuniões da Today.
Hillary Michaels está esclarecendo tudo sobre sua nova agência de modelos, que está para abrir as portas. Margaux está nitidamente empolgada. Carrie não pára de fazer perguntas.
“Vai ser uma agência completamente diferente da Models, Inc. Principalmente pelo motivo de nosso foco principal ser modelos masculinos. Não estarei descartando as top-models, mas minha vontade é criar um novo produto no mercado: um posto onde um homem pode chegar a ser tão famoso quanto, ou até mais, do que uma Gisele Bundchen.”
“Está apostando alto Hillary!” Solta Margaux levantando e dizendo que o próximo número da Today descartará a matéria de capa prevista e dará, além da capa, todo o espaço que Hillary precisar. Hillary agradece. Angela enfurece-se: “Margaux. A matéria de capa sobre Ron Maxwell já está praticamente fechada. E com o tempo que temos será um pouco corrido fazer esta troca, assim, em cima da hora.”
Margaux não dá muita importância às palavras da filha. “Já está decidido. Carrie, você fica encarregada desse profile especial e completo da... – pausa – Como é o nome de sua agência Hillary?”
“Hunks.” Responde.
Angela continua sentada, completamente contra tudo o que ouve. Margaux pede que Carrie acompanhe Hillary até a saída. Depois que as duas saem da sala Margaux fecha a porta e dirige o olhar para a filha. “Eu aceitei contratar o seu namoradinho. E isso não quer dizer que você irá nadar contra a maré nessa revista, a favor dele. Está claro?” Pega uns papeis sobre a mesa e sai da sala, cruzando com Rachel. “Atrasada para a reunião. Olha a incompetência saindo pelos poros. E é melhor você ir ao banheiro ajeitar esse cabelo. O que andou aprontando?” Sacaneia ela.
Rachel devolve as ofensas com cara feia e entra na sala de reuniões, passando a mão no cabelo e encontrando Angela ainda sentada.
“Precisamos eliminar Margaux o mais rápido possível!”
“Calma, Angela, já estou armando um belo esquema, que tirará essa vaca-velha da jogada.”
Angela sorri.
Jonathan entra com Charlie na sala. Rachel fica curiosa para saber quem é.
“Charlie é nossa nova redatora. Recém-contratada para a vaga que era de Scott. Espero que cuidem bem de minha protegida. Vou deixá-las agora. Rachel encaminhe Charlie para começar amanhã.”
Jonathan dá um beijo no rosto dela e sai.
“Você é quem está escrevendo a biografia de papai.” Afirma Angela, sendo sarcástica. “Só te dou um aviso: escolha certo suas companhias aqui dentro, senão você pode rodar rapidinho!”
Rachel leva Charlie para sua sala.
Imagens do anoitecer em LA. Cobertura de um luxuoso prédio ao som de “California Callin” – Enrique Iglesias.
Griffin anuncia-se como o fotógrafo da revista Today. Entra e fica impressionado com o requintado prédio. Vai até a cobertura. Um homem atende a porta.
“Ron Maxwell?” Pergunta Griffin intrigado. “Desculpe, pensei que o senhor fosse mais velho.”
“Sou apenas o mordomo. O Sr. Maxwell o espera no terraço.” Griffin segue o mordomo, e nota algo incomum. Um mordomo jovem, que mais parece um garoto de programa, e um...
Ao ficar de frente com Ron, Griffin quase deixa as câmeras caírem.
“Não nos conhecemos de algum lugar?” Pergunta Ron.
Flashbacks de Griffin, mais novo, junto com Brian, assaltando um carro, com dois homens dentro. O que está na direção é Ron. Griffin aponta uma arma para sua cabeça, gritando para entregar tudo que possuem de valor. Brian está do outro lado, também apontando uma arma para o outro, um homem mais jovem. Ron tenta acelerar o carro. Nesse momento Brian dispara a arma na cabeça do carona.
“Sr. Summerbody? Está tudo bem? Parece pálido.” Ron pede para Jimmy, o mordomo, pegar um pouco de água.
“Eu estou na cidade há poucos meses. Sou de Phoenix. Impossível nos conhecermos.” Mente ele ainda um pouco atordoado.
“Sou um ótimo fisionomista. Ainda vou me lembrar de onde te conheço.”
“Vamos começar com as fotos?” Joga Griffin cortando o assunto.
Arábia Saudita. Aeroporto de Riyadh pela manhã.
Romeo, Dawnie e Shadiyah entram no saguão, completamente camuflados com pesadas roupas muçulmanas. Os três estão preocupados com o que podem encontrar pela frente. Ao chegar aos guichês da companhia aérea, Romeo percebe a presença de vários seguranças de Khalaf rodeando o lugar. Dawnie começa a apavorar-se. “E agora? Não vamos conseguir embarcar.”
Eles param longe do guichê.
“Precisamos pensar.” Romeo diz, sentando com as mãos na testa.
Alguns seguranças acabam percebendo a presença dos três e começam a se aproximar.
Shadiyah, sem pestanejar, diz que sabe o que fazer. Ela corre para a porta da rua e pára. Tira um explosivo caseiro de dentro da burca. Os seguranças também param observando-a. Dawnie não entende nada, mas Romeo percebe todo o plano e a puxa para a entrada da sala de embarque.
Shadiyah começa a gritar rezas em árabe. Acende o explosivo. Os seguranças tentam afastar as pessoas. Pânico geral no saguão. Dawnie se solta de Romeo momentos antes de ultrapassarem a porta. Ela olha fixamente para os olhos de Shadiyah, que estão em lágrimas. Explosão! Romeu abraça Dawnie a protegendo. Pessoas são arremessadas longe. Muita correria e gritos. Gente ferida. Romeo puxa Dawnie à força. Ela está em prantos. Os dois somem dentro da sala de embarque.
Noite. Algum lugar do Deserto de Mojave, perto de Los Angeles.
Carrie e Brett estão acampados em uma colina. Os dois abraçados ao redor de uma fogueira, vendo o horizonte. “Como podem chamar esse lugar tão lindo de Vale da Morte?”
Brett pensa um pouco e responde: “Porque a morte não seria uma coisa bonita?”
“Mas que pensamento mórbido, Coop!”
“Você é muito mais bonita que isso tudo!”
Carrie vira-se, olha em seus olhos, diz que está apaixonada. Beijam-se vagarosamente. Passam mais um longo tempo conversando amenidades, rindo e curtindo muito a companhia um do outro.
Brett levanta-se. “Estou com um pouco de fome. Vou pegar alguns marshmallows. Você quer?”
Ela responde que não com a cabeça. Ele segue até o carro. Alguns minutos depois retorna, abraça Carrie por trás. Ela sorri. Ele está com um pedaço de pano branco, com formol, nas mãos. Aperta-o com força no nariz dela, que por algum tempo tenta se soltar. Aos poucos ela vai enfraquecendo e se esvaindo em seus braços, enquanto ele sussurra em seu ouvido: “Shhhh... vai ficar tudo bem. Vou te amar muito. Shhhhh... Minha Kimmy.”
Com Carrie já desacordada, Brett pega uma seringa, experimenta empurrando um pouco do líquido, e injeta em uma veia de seu pescoço. “Dorme bem, meu amor. Logo estará de volta ao seu lindo e perfeito coma.”
Cidade de Santa Clarita – California.
Scott pára o carro em frente a um pequeno sítio, afastado da cidade.
“Esse é o local indicado.”
“E quando é que vamos receber nosso pagamento?” Pergunta Brian.
“Calma. Ainda não terminamos de fazer o que foi combinado.”
Ele entra com o carro na propriedade. Retiram Nicholas e o colocam na cadeira de rodas. Levam-no para dentro. Retiram a mordaça. “Água!” É sua primeira palavra. Brian derrama em sua boca, virando uma garrafa. “O que vocês pretendem com tudo isso, seus putos? Eu dobro a oferta do mandante desse seqüestro. Estão ouvindo?”
Scott e Brian não dão muito ouvidos ao que ele diz.
“Triplico! Vocês só não irão aceitar se forem idiotas.”
Scott recoloca a mordaça, fazendo cara de entediado. Ouve-se um barulho de carro estacionando.
“Finalmente ela chegou!” Brian abre a porta.
Angela entra na casa. Nicholas não acredita no que vê.
Apartamento de Charlie.
Ela está discutindo com Howard, dizendo que não sabe mais se quer continuar com tudo isso.
“Eu estou te sustentando aqui, Charlie. Desde que te ofereci esse trabalhinho, e você aceitou. Não vai me dizer que está apaixonadinha pelo velho John.” Charlie abaixa a cabeça.
“Ele ainda vai pagar tudo o que fez comigo e com minha família! E você vai me ajudar a fazê-lo perder tudo!” Ele vai se alterando aos poucos. “Empresas, filhos, família... Quero aquele desgraçado na sarjeta.” Termina gritando. Charlie assusta-se, pois sabe o quanto ele pode ser perigoso. Concorda em não desistir.
Inicia off de narração.
Enquanto ouvimos a narração, vemos as imagens descritas abaixo:
“Cresci na praia, junto com amigos, família, um lar. A única coisa que reclamei durante minha infância e adolescência foi a falta de um pai...”
Dentro do avião, a caminho de Los Angeles.
Dawnie está dormindo encostada no peito de Romeo, ele com o braço em seu ombro.
Fica observando ela adormecida, com a certeza de que fez a coisa certa.
Narração:
“...mãe dominadora, irmão amoroso. Tudo está muito bem até você encontrar alguém para amar. E sendo aqui em Los Angeles, esse amor pode matar!”
Dentro do carro, a caminho de Los Angeles.
Brett está com um sorriso no rosto. Não consegue tirar os olhos do retrovisor, vendo Carrie desacordada, deitada no banco traseiro. De tempos em tempos dialoga, como se estivesse falando com ela.
Narração:
“...Amei pessoas erradas, encontrei pessoas certas. O mais importante disso tudo é o aprendizado que fica. Pode demorar um pouco, mas todas essas experiências, um dia, farão você crescer...”
Dentro do carro, a caminho de casa.
Joe e Marc estão em alta velocidade. Visivelmente drogados. Joe deixa o amigo em casa. Abre o porta luvas e tira um papelote com coca. Cheira. Sai cantando pneus e coloca o rádio no máximo.
Narração:
“...Chorei um pouco. Mas já passou. Não pretendo sair de Malibu. Procuro ser feliz nessa infeliz cidade.”
Escrito na primeira tela de créditos está:
“Chloe Walker, personagem do seriado Malibu Shores, vive em Los Angeles desde que nasceu.”
O sultão entrega a Dawnie o drink envenenado. Ela pega a taça, levanta-a brindando e bebe o líquido em rápidos goles. Leigh e Sue observam de longe invejando ela ter sido a escolhida. Khalaf chega mais perto e toma a iniciativa de beijá-la, mas ao tocar sua bochecha, sente o corte camuflado pela maquiagem. Faz uma cara de nojo e explode esbravejando palavrões em árabe. Ordena que Shadiyah aproxime-se e pare ao seu lado. Ela chega já de cabeça baixa e ele a esbofeteia dizendo que só gosta de mulheres perfeitas. Shadiyah fica de joelhos, começa a chorar e abraça as pernas do sultão. Khalaf a chuta. Vira-se para Dawnie, que está amedrontada, dá-lhe uma forte bofetada e cospe em sua face, saindo em seguida, puxando Shadiyah pelos cabelos.
“Quero a de olhos claros em meu quarto!” Diz ele apontando para Leigh. “E você sabe o que fazer com a retalhada.” Shadiyah, com lágrimas em seus olhos consente, e olha para trás, vendo Dawnie ao fundo, estática. Palavreados baixos árabes ainda ecoam o salão.
Los Angeles - California. Prédio do tablóide LA Undercover.
Charlie está trabalhando em sua mesa, quando Edward a chama em sua sala. Ela logo obedece, entrando e sentando em frente à mesa do chefe. Ele olha descaradamente para suas pernas, e ajeita o pênis na calça. “Tenho um servicinho para você, menina. Está acontecendo uma convenção de lingeries em Santa Bárbara, quero que você cubra. Pamela Anderson estará apresentando e...” Charlie o interrompe: “Mas estou finalizando a matéria sobre a lavagem de dinheiro em Rodeo Drive.”
“Não se preocupe, Mike pode terminar isso. Você irá para Santa Barbara imediatamente.”
“Sr. Edward, eu gostaria de terminar minha matéria. Não é justo!”
Edward levanta-se, rodeando a mesa, dizendo o nome dela repetidas vezes. Pára ao seu lado.
“Podemos entrar num acordo, então, se quisermos.” Diz ele encostando o pênis, meio enrijecido dentro da calça polida, em sua face. “Temos uma hora de almoço e um motelzinho aqui na calçada da frente pra brincarmos um pouquinho.”
Charlie levanta-se e dá uma joelhada em seu saco. Ele se agacha no chão urrando de dor.
“Não precisa me despedir Edward, eu me demito!” Sai da sala passando por cima dele.
Fora do prédio, pega o celular e completa uma ligação. Ouve a mensagem da caixa postal, e deixa um recado: “Jonathan, sou eu, Charlie. Aceito sua proposta de emprego. Depois nos falamos.”
Ela desliga, procura por outro número no celular e faz a ligação. “Howard, já estou dentro da Today!”
Hall de entrada da Today.
Rachel vai até a mesa de Tessie e diz que elas precisam ter uma rápida e esclarecedora conversa. As duas seguem para sua sala. Chegando lá, Rachel senta-se e diz para ela fazer o mesmo, ficar à vontade, pois por ela, Tessie não estaria a tanto tempo apenas como uma secretária.
“Você pode crescer muito aqui dentro, se seguir os caminhos dados, e estar do lado das pessoas certas. Tenho uma proposta a lhe fazer.” Tessie gosta do que ouve, e fica entusiasmada.
“Esteja do meu lado, minha cara, e vai se dar muito bem aqui dentro. Soube que você é formada em publicidade. Por que não se candidata a uma vaga no departamento aqui da revista? Conhecendo as pessoas certas, não teria como ser reprovada.” Tessie balança a cabeça afirmativamente. Rachel levanta-se, vai até a jarra de água, enche um copo, entrega a ela. “Mudando de assunto, você saberia onde ficam as chaves daqueles arquivos trancados na sala de Margaux?”
Tessie cruza as pernas, bebe um gole da água, respira fundo e se ajeita na cadeira, dando a entender que realmente quer estar do lado de Rachel.
Riyadh. Imagens do palácio.
Sue, Leigh e Dawnie conversam num canto do salão onde ainda estão alguns convidados. Shadiyah entra com dois seguranças atrás, seguindo até as três. Um dos seguranças pega Leigh, outro Sue, e Shadiyah pega Dawnie pelo braço. Em um grande corredor, as duas se separam dos seguranças, Sue e Leigh. Shadiyah a empurra para dentro de um banheiro, colocando sua cabeça dentro de uma pia à força. “Você bebeu veneno! Se não colocar tudo para fora agora, estará morta em pouco tempo.” Dawnie fica apavorada com o que acabara de ouvir. Não pensa duas vezes em colocar o dedo na goela e vomitar todo o líquido. Tosse bastante. Joga o cabelo para trás, com as mãos e lava o rosto. “Por que está me ajudando?”
“Cansei da maneira com que Khalaf me trata. Sou uma de suas esposas, mas isso já está indo longe demais.”
“Porque não se separa dele então?”
“As coisas por aqui não são tão simples como no seu ocidente. Mas irei te ajudar, se você estiver disposta a fazer o mesmo.” Dawnie aceita o acordo. As duas saem do banheiro.
“Leigh e Sue, precisamos ajudá-las também.” Argumenta Dawnie.
“Aquela de olhos verdes não tem mais chances. Já deve estar sendo preparada.”
“Preparada para passar a noite com Khalaf? Então ela amanhã estará livre!” Entusiasma-se.
“Abaixe a cabeça!” Ordena Shadiyah, quando passam por quatro seguranças. Descem uma grande escadaria, e acabam chegando aos subterrâneos do palácio. Dawnie é colocada em uma cela ao lado de onde está Sue. As duas dão as mãos pelo pequeno espaço existente entre suas celas.
Shadiyah sussurra para Dawnie para estar preparada, ainda nesta noite.
Beverly Hills. Mansão Remington. Quarto de Margaux.
Ela acorda ao lado de Joe. Levanta-se dizendo que está atrasada para uma reunião na revista, e que depois da presença de Rachel Dennis, as coisas estão um pouco fora de seu controle por lá. Não deixa de chamá-la de vaca várias vezes. Joe, sonolento, não dá muita atenção. Apenas quando ela está para sair do quarto, ele desperta e a chama.
“Vai sem me dar um beijo?”
Margaux fica tocada com a frase do menino, volta, senta na cama e o beija.
“Não esqueça do dinheiro que te pedi Margaux.”
Ela abre a bolsa e lhe entrega algumas notas de cem dólares. Assim que sai do quarto, Joe pega o celular e liga para Marc. “Oi, cara, sou eu. Estou precisando de suprimentos. Estou na fissura aqui. Posso te encontrar em meia hora?”
Imagens em alta velocidade, saindo de Beverly Hills e chegando ao bairro de Bel-Air. Loft de Carrie. Ao som de “Every Shade of Blue – Bananarama”
Ela e Brett estão tomando café. Ela não consegue esconder sua felicidade por terem passado a noite juntos.
“Eu também adorei nossa primeira noite. Acho que minha estadia aqui em Los Angeles não será tão rápida como eu esperava.” Diz ele levantando-se, abraçando-a por trás e beijando sua cabeça. Ela olha o relógio e pula da cadeira dizendo estar atrasada.
“Você precisa abstrair um pouco todos esses compromissos profissionais. E nem pense em não aceitar ordens médicas!” Ela sorri e o beija. “Por que não saímos para um final de semana no deserto. Só nós dois, a lua, um saco de dormir sob as estrelas?”
Carrie aceita, respondendo que seriam ótimos alguns dias fora da cidade. Brett comemora a pegando no colo. Ela dá um grito e os dois caem no sofá.
Aeroporto de Riyadh.
Romeo desembarca. Olha o relógio, muito preocupado. Sai do aeroporto e entra em um táxi.
Pega o celular e completa uma ligação para Mimi. Ela está em seu escritório quando seu aparelho toca. Pega o celular, notando que é dele a ligação reluta em atender. Toca insistentemente fazendo-a aceitar. “Romeu, querido! Onde você está que não o encontro?”
“Numa viagem de última hora. Negócios Mimi.”
“Espero que não sejam negócios furados!” Ironiza ela.
“Mimi, não posso falar por muito mais tempo. Preciso do nome de algum de seus contatos em Riyadh.”
Fazendo-se de despercebida ela pergunta: “Você está na Arábia? Algum problema com nosso último carregamento?”
“Tivemos problemas sim. Estou aqui para resolvê-lo.”
Mimi diz um nome e um telefone, os quais ele anota. Assim que desligam, ela faz outra ligação.
No visor do celular lemos Jonathan Remington.
“John, como vai? Tenho péssimas notícias. Talvez Romeo esteja colocando nossos negócios em risco!”
Arábia Saudita. Subterrâneos do palácio de Khalaf.
Dawnie acorda com um susto quando a luz da cela de Sue acende. Pelo pequeno buraco ela vê quando entram dois seguranças e a pegam à força. Tiram-na e a levam para uma sala a poucos metros dali. Sue está aos gritos. Dawnie não entende o que está acontecendo. Shadiyah aparece e abre a cela. “Rápido, não temos muito tempo!” As duas saem correndo pelos corredores. Quando Dawnie passa na frente da sala de onde sai os gritos de Sue, ela vê de relance os brutamontes a estuprando. Pára e diz que precisam fazer alguma coisa. “Sua idiota! Não vê que tive que sacrificar sua amiga para salvá-la? Eu a dei de presente para eles. Irão divertir-se com ela a noite toda. Certamente ela estará morta ao amanhecer. Não queira saber o número de seguranças existentes no palácio, sedentos por sexo com uma americana. Todos irão usá-la incessantemente, enquanto existir algum estímulo de vida naquele corpo.” “Eu não posso permitir isso!” “É você ou ela!”
Inicia a música “Bo – Ivri Lider”.
Os olhos de Dawnie enchem-se de lágrimas. Ela coloca a mão cobrindo a boca. As duas continuam a correr, com os gritos de Sue ecoando nos corredores escuros. Shadiyah a leva para a ala nobre do palácio, escondendo-a num dos quartos. Entrega-lhe algumas pesadas roupas muçulmanas e diz que quanto menos aparecer do seu corpo, melhor. Shadiyah sai do quarto dizendo voltar logo. Dawnie veste-se, ficando apenas com seus olhos à mostra. Senta-se na cama. Chora um pouco. Respira fundo tentando conter o desespero. Desobedece, saindo do quarto. Segue pelo corredor. Percebe um movimento em um dos cômodos à frente. Esconde-se. Vê Khalaf sair, seguindo um segurança. Dawnie corre e entra no local, na esperança de encontrar Leigh. Percebe alguém deitado na cama. Chega perto, retira o lençol e a vê nua, morta, com hematomas por todo o corpo, e a boca profundamente cortada. Dawnie cai ao chão de pavor. Não consegue mais conter seu desespero. Chora.
Continua a música.
Ao sair do quarto alguém a intercepta por trás. Leva um susto. Shadiyah briga por tê-la desobedecido.
“Ela está morta! Leigh está morta! O que fizeram com ela?”
“Necrofilia. Você escapou por pouco. Vamos descer agora e sairemos do palácio.”
Ao terminarem as escadas, elas observam Khalaf escoltado por dois seguranças, conversando com Romeo. Dawnie o reconhece. As duas tentam seguir despercebidas. Mas Khalaf as vê e chama Shadiyah.
Cessa a música.
“Shadiyah, quero que mostre a saída para este senhor. Quem ele procura não se encontra mais nesse palácio.” Romeo não acredita nas palavras de Khalaf e tenta argumentar, mas quando os seguranças tocam em suas armas, ele recua e segue a mulher. No caminho Dawnie se junta a eles.
Os três chegam à porta. Dawnie diz que conhece Romeo, tirando a burca e mostrando seu rosto.
Romeo quase não acredita ao vê-la. Abre um sorriso e a abraça. Ela não entende e tenta se esquivar.
“Precisamos de um lugar seguro para ficar.” Diz ele para Shadiyah.
“Tenho o que precisam, mas também necessitarei de sua ajuda para sair do país.”
Romeo concorda. Os três conseguem sair do palácio.
Los Angeles. Imagens do letreiro de Hollywood ao som de “Uptown Girl – Westlife”
Today. Sala de Angela.
Ela está dando a Griffin seu novo equipamento de trabalho. Modernas câmeras fotográficas.
“Estou tão feliz por começar a trabalhar ao meu lado! Adoro a idéia de estar com você tantas horas por dia.” Ele não parece dar muita atenção a suas palavras. Ela senta-se na mesa, abre a agenda e começa a falar sobre seu primeiro trabalho. “A sessão de fotos para a matéria de capa do mês que vem. Você irá fotografar Ron Maxwell, um forte empresário da noite daqui de Los Angeles.”
Margaux entra na sala e diz que a reunião com Hillary Michaels irá começar. Angela diz que só precisa dar um telefonema antes. Griffin a beija no rosto, pega o seu equipamento e sai junto com Margaux.
Hall de entrada da revista.
Jonathan chega com Charlie. Apresenta-a para Tessie e pede para ela lhe mostrar todo o lugar, depois segue sozinho para a sala de Rachel.
“John! Prazer em revê-lo.” Ele a agarra pela cintura e a beija. Ela fica sem jeito com sua atitude.
“Não aqui, por favor! Não quero que os boatos, de estar aqui na Today por dormir com você, aumentem.”
“E não é verdade?”
Depois da pergunta ela respira fundo e o esbofeteia.
“Estou aqui por minha competência!”
“Mas é claro que está!” Diz ele a pegando com força nos braços, levantando sua saia e enfiando a mão em sua calcinha. Rachel consente. Os dois se beijam. Ele tranca a porta da sala, a joga no sofá, abre suas pernas com as mãos e começa um sexo oral. Rachel geme baixinho.
Rodovia saindo de Los Angeles.
Brian dirigindo o Land Rover de Scott, com ele ao lado e Nicholas amarrado no banco de trás.
Scott desliga o celular e diz que tudo está correndo como o combinado. Olha para trás e tira sarro de Nicholas. “Você pensou mesmo que eu estava apaixonado por você? Mas é muito otário! Quando é que vai aprender que esse seu ego exacerbado enche o saco? Seu único atrativo é sua grana. E que essa sua obsessão por sexo é uma doença. É isso que você é Nicholas Remington: Um doente!”
Brian solta risadas, na direção. Scott não pára seu discurso por minutos. Nicholas fecha os olhos e sente uma terrível sensação de abandono misturado com desespero.
“Por mim eu tinha te deixado morrer lá naquela ribanceira em Mulholland Drive, quando mandei te empurrarem. Mas não estou sozinho nesse esquema, e não me deixaram acabar com você naquele dia.” Brian liga o rádio, entediado com o monólogo de Scott.
Está tocando a música “Hush – Kula Shaker”
“Não precisa se preocupar, seu veadinho escroto. Você vai aprender a virar homem rapidinho.”
Diz Scott pegando os bagos de Nick e apertando com força. Escorre uma lágrima dos olhos dele.
Passam por uma placa onde está escrito: Próxima saída - Santa Clarita.
Hunt Club.
Marc está ensaiando seu número no palco, vestido de cowboy. Joe está sentado em uma das mesas na platéia, preparando uma carreira de coca. Cheira. Suspira. Recosta na cadeira. Sente-se nas nuvens. “Cara, isso é muito bom!”
Marc desce do palco, pega uma toalha, que está em cima da mesa, enxuga a testa. “Vai com calma Joe. Você já quase empacotou, brother.”
“Não se preocupe, cowboy, estou aprendendo como se faz. O Joe aqui já está virando profissa no assunto.” Cheira mais uma carreira. Coça o nariz com a palma da mão. “Meu único problema agora é conseguir mais grana pra ter sempre essas belezinhas na minha mão. Mas eu dou um jeito.”
“Então vai continuar a dançar aqui, mesmo depois de fazer as pazes com sua mãe?”
Joe relembra que realmente mentiu para Marc que Margaux era sua mãe, e que ele era um dos Remington.
“Vou continuar por aqui sim. É uma grana fácil.”
“Mais fácil ainda é arrumar uns coroas pra meter. Comendo os caras certos, pinta muito dinheiro!”
“Programa eu tô fora! Não é comigo, não.”
“Você é quem sabe.” O celular de Marc toca, ele olha, vê que é chamada de um cliente. Diz que está atrasado e corre para o camarim para tomar banho.
Joe dá mais um teco e fica viajando, sozinho no lugar.
Riyadh. Pequena sacada de um pequeno apartamento afastado da cidade.
Romeo está olhando o céu estrelado e a lua. Dawnie se aproxima.
“Sempre tive curiosidade de ver o tão famoso luar da Arábia, mas não nessa situação.”
“Porque você está nos ajudando Romeo?” Pergunta ela parando ao seu lado.
“Nem eu sei te responder essa pergunta.” Ele a olha nos olhos. Passa a mão em seu rosto. Ela se sente um pouco desconfortável com seu gesto. Mas devido a sua fragilidade ali, acaba aceitando o abraço aconchegante dele. Encosta em seu peito, como se sentisse pela primeira vez protegida naquele lugar estranho. Ficam assim, em silêncio, na penumbra, por vários minutos. Até serem interrompidos por Shadiyah, que chega à sacada.
“Já está tudo acertado. As passagens estão compradas. Pela manhã embarcamos e você estará livre do sultão, na América.”
Shadiyah conforta-se com as palavras de Romeo, entra e vai dormir. Romeo olha para Dawnie ainda em seu peito, ela está de olhos fechados. Ele beija sua testa. Olha a lua mais uma vez.
Los Angeles - Sala de reuniões da Today.
Hillary Michaels está esclarecendo tudo sobre sua nova agência de modelos, que está para abrir as portas. Margaux está nitidamente empolgada. Carrie não pára de fazer perguntas.
“Vai ser uma agência completamente diferente da Models, Inc. Principalmente pelo motivo de nosso foco principal ser modelos masculinos. Não estarei descartando as top-models, mas minha vontade é criar um novo produto no mercado: um posto onde um homem pode chegar a ser tão famoso quanto, ou até mais, do que uma Gisele Bundchen.”
“Está apostando alto Hillary!” Solta Margaux levantando e dizendo que o próximo número da Today descartará a matéria de capa prevista e dará, além da capa, todo o espaço que Hillary precisar. Hillary agradece. Angela enfurece-se: “Margaux. A matéria de capa sobre Ron Maxwell já está praticamente fechada. E com o tempo que temos será um pouco corrido fazer esta troca, assim, em cima da hora.”
Margaux não dá muita importância às palavras da filha. “Já está decidido. Carrie, você fica encarregada desse profile especial e completo da... – pausa – Como é o nome de sua agência Hillary?”
“Hunks.” Responde.
Angela continua sentada, completamente contra tudo o que ouve. Margaux pede que Carrie acompanhe Hillary até a saída. Depois que as duas saem da sala Margaux fecha a porta e dirige o olhar para a filha. “Eu aceitei contratar o seu namoradinho. E isso não quer dizer que você irá nadar contra a maré nessa revista, a favor dele. Está claro?” Pega uns papeis sobre a mesa e sai da sala, cruzando com Rachel. “Atrasada para a reunião. Olha a incompetência saindo pelos poros. E é melhor você ir ao banheiro ajeitar esse cabelo. O que andou aprontando?” Sacaneia ela.
Rachel devolve as ofensas com cara feia e entra na sala de reuniões, passando a mão no cabelo e encontrando Angela ainda sentada.
“Precisamos eliminar Margaux o mais rápido possível!”
“Calma, Angela, já estou armando um belo esquema, que tirará essa vaca-velha da jogada.”
Angela sorri.
Jonathan entra com Charlie na sala. Rachel fica curiosa para saber quem é.
“Charlie é nossa nova redatora. Recém-contratada para a vaga que era de Scott. Espero que cuidem bem de minha protegida. Vou deixá-las agora. Rachel encaminhe Charlie para começar amanhã.”
Jonathan dá um beijo no rosto dela e sai.
“Você é quem está escrevendo a biografia de papai.” Afirma Angela, sendo sarcástica. “Só te dou um aviso: escolha certo suas companhias aqui dentro, senão você pode rodar rapidinho!”
Rachel leva Charlie para sua sala.
Imagens do anoitecer em LA. Cobertura de um luxuoso prédio ao som de “California Callin” – Enrique Iglesias.
Griffin anuncia-se como o fotógrafo da revista Today. Entra e fica impressionado com o requintado prédio. Vai até a cobertura. Um homem atende a porta.
“Ron Maxwell?” Pergunta Griffin intrigado. “Desculpe, pensei que o senhor fosse mais velho.”
“Sou apenas o mordomo. O Sr. Maxwell o espera no terraço.” Griffin segue o mordomo, e nota algo incomum. Um mordomo jovem, que mais parece um garoto de programa, e um...
Ao ficar de frente com Ron, Griffin quase deixa as câmeras caírem.
“Não nos conhecemos de algum lugar?” Pergunta Ron.
Flashbacks de Griffin, mais novo, junto com Brian, assaltando um carro, com dois homens dentro. O que está na direção é Ron. Griffin aponta uma arma para sua cabeça, gritando para entregar tudo que possuem de valor. Brian está do outro lado, também apontando uma arma para o outro, um homem mais jovem. Ron tenta acelerar o carro. Nesse momento Brian dispara a arma na cabeça do carona.
“Sr. Summerbody? Está tudo bem? Parece pálido.” Ron pede para Jimmy, o mordomo, pegar um pouco de água.
“Eu estou na cidade há poucos meses. Sou de Phoenix. Impossível nos conhecermos.” Mente ele ainda um pouco atordoado.
“Sou um ótimo fisionomista. Ainda vou me lembrar de onde te conheço.”
“Vamos começar com as fotos?” Joga Griffin cortando o assunto.
Arábia Saudita. Aeroporto de Riyadh pela manhã.
Romeo, Dawnie e Shadiyah entram no saguão, completamente camuflados com pesadas roupas muçulmanas. Os três estão preocupados com o que podem encontrar pela frente. Ao chegar aos guichês da companhia aérea, Romeo percebe a presença de vários seguranças de Khalaf rodeando o lugar. Dawnie começa a apavorar-se. “E agora? Não vamos conseguir embarcar.”
Eles param longe do guichê.
“Precisamos pensar.” Romeo diz, sentando com as mãos na testa.
Alguns seguranças acabam percebendo a presença dos três e começam a se aproximar.
Shadiyah, sem pestanejar, diz que sabe o que fazer. Ela corre para a porta da rua e pára. Tira um explosivo caseiro de dentro da burca. Os seguranças também param observando-a. Dawnie não entende nada, mas Romeo percebe todo o plano e a puxa para a entrada da sala de embarque.
Shadiyah começa a gritar rezas em árabe. Acende o explosivo. Os seguranças tentam afastar as pessoas. Pânico geral no saguão. Dawnie se solta de Romeo momentos antes de ultrapassarem a porta. Ela olha fixamente para os olhos de Shadiyah, que estão em lágrimas. Explosão! Romeu abraça Dawnie a protegendo. Pessoas são arremessadas longe. Muita correria e gritos. Gente ferida. Romeo puxa Dawnie à força. Ela está em prantos. Os dois somem dentro da sala de embarque.
Noite. Algum lugar do Deserto de Mojave, perto de Los Angeles.
Carrie e Brett estão acampados em uma colina. Os dois abraçados ao redor de uma fogueira, vendo o horizonte. “Como podem chamar esse lugar tão lindo de Vale da Morte?”
Brett pensa um pouco e responde: “Porque a morte não seria uma coisa bonita?”
“Mas que pensamento mórbido, Coop!”
“Você é muito mais bonita que isso tudo!”
Carrie vira-se, olha em seus olhos, diz que está apaixonada. Beijam-se vagarosamente. Passam mais um longo tempo conversando amenidades, rindo e curtindo muito a companhia um do outro.
Brett levanta-se. “Estou com um pouco de fome. Vou pegar alguns marshmallows. Você quer?”
Ela responde que não com a cabeça. Ele segue até o carro. Alguns minutos depois retorna, abraça Carrie por trás. Ela sorri. Ele está com um pedaço de pano branco, com formol, nas mãos. Aperta-o com força no nariz dela, que por algum tempo tenta se soltar. Aos poucos ela vai enfraquecendo e se esvaindo em seus braços, enquanto ele sussurra em seu ouvido: “Shhhh... vai ficar tudo bem. Vou te amar muito. Shhhhh... Minha Kimmy.”
Com Carrie já desacordada, Brett pega uma seringa, experimenta empurrando um pouco do líquido, e injeta em uma veia de seu pescoço. “Dorme bem, meu amor. Logo estará de volta ao seu lindo e perfeito coma.”
Cidade de Santa Clarita – California.
Scott pára o carro em frente a um pequeno sítio, afastado da cidade.
“Esse é o local indicado.”
“E quando é que vamos receber nosso pagamento?” Pergunta Brian.
“Calma. Ainda não terminamos de fazer o que foi combinado.”
Ele entra com o carro na propriedade. Retiram Nicholas e o colocam na cadeira de rodas. Levam-no para dentro. Retiram a mordaça. “Água!” É sua primeira palavra. Brian derrama em sua boca, virando uma garrafa. “O que vocês pretendem com tudo isso, seus putos? Eu dobro a oferta do mandante desse seqüestro. Estão ouvindo?”
Scott e Brian não dão muito ouvidos ao que ele diz.
“Triplico! Vocês só não irão aceitar se forem idiotas.”
Scott recoloca a mordaça, fazendo cara de entediado. Ouve-se um barulho de carro estacionando.
“Finalmente ela chegou!” Brian abre a porta.
Angela entra na casa. Nicholas não acredita no que vê.
Apartamento de Charlie.
Ela está discutindo com Howard, dizendo que não sabe mais se quer continuar com tudo isso.
“Eu estou te sustentando aqui, Charlie. Desde que te ofereci esse trabalhinho, e você aceitou. Não vai me dizer que está apaixonadinha pelo velho John.” Charlie abaixa a cabeça.
“Ele ainda vai pagar tudo o que fez comigo e com minha família! E você vai me ajudar a fazê-lo perder tudo!” Ele vai se alterando aos poucos. “Empresas, filhos, família... Quero aquele desgraçado na sarjeta.” Termina gritando. Charlie assusta-se, pois sabe o quanto ele pode ser perigoso. Concorda em não desistir.
Inicia off de narração.
Enquanto ouvimos a narração, vemos as imagens descritas abaixo:
“Cresci na praia, junto com amigos, família, um lar. A única coisa que reclamei durante minha infância e adolescência foi a falta de um pai...”
Dentro do avião, a caminho de Los Angeles.
Dawnie está dormindo encostada no peito de Romeo, ele com o braço em seu ombro.
Fica observando ela adormecida, com a certeza de que fez a coisa certa.
Narração:
“...mãe dominadora, irmão amoroso. Tudo está muito bem até você encontrar alguém para amar. E sendo aqui em Los Angeles, esse amor pode matar!”
Dentro do carro, a caminho de Los Angeles.
Brett está com um sorriso no rosto. Não consegue tirar os olhos do retrovisor, vendo Carrie desacordada, deitada no banco traseiro. De tempos em tempos dialoga, como se estivesse falando com ela.
Narração:
“...Amei pessoas erradas, encontrei pessoas certas. O mais importante disso tudo é o aprendizado que fica. Pode demorar um pouco, mas todas essas experiências, um dia, farão você crescer...”
Dentro do carro, a caminho de casa.
Joe e Marc estão em alta velocidade. Visivelmente drogados. Joe deixa o amigo em casa. Abre o porta luvas e tira um papelote com coca. Cheira. Sai cantando pneus e coloca o rádio no máximo.
Narração:
“...Chorei um pouco. Mas já passou. Não pretendo sair de Malibu. Procuro ser feliz nessa infeliz cidade.”
Escrito na primeira tela de créditos está:
“Chloe Walker, personagem do seriado Malibu Shores, vive em Los Angeles desde que nasceu.”
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