Wednesday, August 23, 2006

Chamada para o episódio 1.07

PACOTE DE MÚSICAS do episódio 1.07

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Baixe o pacote e ouça as músicas nos locais indicados.

1.07 - NÃO QUEIRA SER CONVIDADO - “BEAT MY GUEST” - Writing by Rodrigo Di Biase

Noite. Mansão à beira da praia em Venice Beach.



A festa de abertura da nova agência de modelos de Hillary Michaels está lotada.
A câmera vai percorrendo o lugar, passeando entre os convidados. Ao som de “Faith - Rozalla”.
Presença de muitos modelos masculinos, aos quais a “Hunks” é dedicada. Além de algumas modelos da antiga agência de Hillary, a “Models Inc.” Na pérgula da piscina, Margaux está conversando com Hillary. “Preciso agradecer a você e sua equipe Margaux, o número da Today dedicada a “Hunks” está espetacular!” Diz ela cheia de sorrisos.
“E já superamos nossas expectativas de vendas. Pode estar certa de que sua nova agência já é um sucesso!” As duas brindam com suas taças. Bebem um gole.
“Gostaria de agradecer Carrie pessoalmente. Ainda não a vi por aqui, sabe me dizer onde ela está?”
“Coitada! Anda tendo tanto trabalho com nosso próximo número. Sinto-me tão culpada por isso. Mas não se preocupe Hillary, ela deve estar chegando.” Mente Margaux, ainda sem saber o paradeiro de sua braço direito. Um jovem de olhos claros se aproxima das duas, abraçando Hillary e a dando um beijo na bochecha.
“Margaux, eu gostaria de apresentar-lhe Trevor, o mais valioso rosto da “Hunks”.”
Ele beija a mão de Margaux, que fica deslumbrada com sua beleza. “Realmente você escolheu a dedo seu portfólio, minha querida.” Diz ela não conseguindo tirar os olhos do peitoral do rapaz à mostra com uma camisa pouco abotoada.
Trevor pede licença e leva Hillary dizendo que precisa apresentá-la a amigos. Logo que os dois se afastam, Margaux pega o celular e tenta ligar mais uma vez para Carrie, caindo apenas na caixa-postal. Em seguida vai até Tessie, que está perto do bar conversando com algumas modelos. Margaux a puxa, sem mesmo pedir licença. “Não consigo achar Carrie, estou preocupada. Alguma notícia dela?”
“Não Margaux. Não a vejo já tem alguns dias.”
“Preciso que você a encontre. A presença dela nessa festa é indispensável!”
“Desculpe, mas não sou mais sua secretária.” Ironiza Tessie.
“Não é porque foi promovida, que não vai mais acatar ordens minhas. Faça o que estou mandando!”
“Minha superiora direta, agora, é a Srta. Dennis. Desculpe. Encontre Carrie sozinha.” Fala ela virando as costas e seguindo para o outro lado do jardim. Margaux fica indignada, não acreditando no que acabara de acontecer. Bebe o resto de seu champagne: “Você me paga sua cretina!”

ABERTURA

Guest starring:

Imagens de Hollywood Boulevard à noite, ao som de “On Silent Wings - Tina Turner e Sting”, chegando até uma delegacia de polícia.



Mimi está completamente cheia de hematomas e arranhões na cara e nos braços. Está descrevendo o que aconteceu para o promotor Axel Carter. “Eu obrigo vocês a colocarem essa insana atrás das grades. Estou aqui para dar queixa contra esse monstro! Lesão corporal.” Diz ela exercitando sua veia cênica, fazendo-se de vítima. Axel senta-se e fica brincando com uma caneta nas mãos. “Conte-me tudo do início Sra. Heiss. Temos todo o tempo do mundo.”


Vemos flashbacks dos acontecimentos sendo contados por ela:
A campainha toca. Mimi sai do banheiro, onde terminara de tomar banho, e vai atender a porta, desejando que seja Romeo. Abre. Vendo que é Dawnie, ela tenta bater a porta em sua cara. Não consegue por Dawnie tê-la escorado com suas pernas. Em seguida ela empurra a porta com tudo, entrando apartamento: “Precisamos ter uma conversinha.”
Mimi fica parada no meio de sua sala, inabalável.
Dawnie começa a andar em volta dos móveis, vai até a sacada e começa a falar: “Eu confiei em você! Cheguei a sentir carinho por você! Como fui tola.” Ela vira-se e aproxima-se de Mimi, que está acendendo um cigarro. “O que passa em sua cabeça Mimi?”
“Veio atrás de emprego novamente, querida?” Pergunta tirando pigarro da garganta.
Dawnie não acredita no que ouviu. Balança a cabeça negativamente, e de supetão chega do lado da cafetina agarrando seus cabelos, forçando sua cabeça para trás. “Depois disso, você é que vai necessitar de uma cara nova!” Mimi quase engole o cigarro, engasgando, assustada. Dawnie a empurra para o sofá. Ela tenta escapar, mas é imobilizada antes. Consegue apanhar um abajur e jogá-lo na direção de Dawnie, que desvia e lança um soco na mandíbula de Mimi. As duas caem no chão.
“Sua puta do inferno! O que você está pretendendo com isso?”
“Vou adorar te ver sem os dentes!”
Mimi começa a apavorar-se ao ver o ódio nos olhos de Dawnie. Tenta escapar mais uma vez, consegue se levantar, mas Dawnie chuta sua barriga. Ela esvaece de dor, encolhendo-se no chão frio da sala. Dawnie chuta sua cara. “Isso é por mim...” continuam os chutes “por Leigh...” socos e tapas na cara “por Sue...” Mimi já está deitada no mármore, com a boca toda ensangüentada. Dawnie não pára “e por Shadiyah.” Mimi busca suas últimas forças e a derruba com as pernas. As duas iniciam uma seqüência de arranhões e puxadas de cabelos, rolando pelo chão. Dawnie pega a cabeça de Mimi e bate no mármore, deixando-a inconsciente. Continua alguns minutos deitada no chão, respirando fundo. Levanta-se, ajeita o cabelo. Olha para Mimi com desprezo. “Você ainda vai ter o que merece.” E sai do apartamento, batendo a porta.


A cena volta para a delegacia.
Axel está visivelmente de saco cheio, escorando o queixo com a mão. Dá um suspiro. “Terminou Sra.?”
Mimi se enraivece com a falta de interesse do policial: “Será preciso a presença de meus advogados?”
“Faremos o boletim de ocorrência, mas teremos que ouvir a versão da Srta....” ele procura o nome em suas anotações “Dawnie Restwood.”

Na mesma delegacia vemos Griffin no telefone público, falando com Dawnie. “Pegou o endereço? Desculpe te dar esse trabalho todo, mas não tinha pra quem ligar.” Desliga o telefone. Em seguida um policial se aproxima e diz que ele tem visita, levando-o até uma pequena sala, com uma mesa e cadeiras, onde Ron Maxwell está sentado. Griffin o olha com desprezo. O policial sai e fecha a porta, deixando os dois a sós.
“Sente-se!”
Sem obedecer Griffin coça a cabeça e fica alguns segundos em silêncio. “O que você quer de mim?”
“Você está livre. Tirei as acusações.”
Griffin senta-se, virando a cadeira ao contrário e apoiando-se no encosto. “E em troca desse favorzinho vai querer o que?”
Maxwell sorri maliciosamente.

Aeroporto de LA.


Brett está sendo assessorado por médicos, que estão preparando Carrie para embarcar no jato alugado por ele. Pega as duas passagens na mão e o nome Kimberly Shaw está escrito numa delas.
“Logo, logo estaremos em casa, meu amor. Sem ninguém para nos perturbar.”
Num rápido movimento de imagens, chega-se ao Wilshire Memorial Hospital.
Michael acorda atordoado num dos quartos do hospital. Demora um tempo para se dar conta de tudo o que aconteceu. Levanta-se, procura pelo telefone. Liga para a telefonista do hospital e diz que precisa fazer uma ligação.


Venice Beach. Festa da “Hunks”. Ao fundo toca “Children - Robert Miles”.
Angela não cansa de ligar para Griffin, deixando recados e perguntando onde ele se encontra.
Margaux chega até ela e diz que precisa apresentar-lhe uma grande fotógrafa. E a leva até onde Jo Reynolds está conversando com a modelo Sarah Owens.
“Jo, querida, está é Angela, nossa editora-chefe” vira-se para a filha “Esta é Jo Reynolds, autora das fotos premiadas que lhe mostrei.”
“Capa da “Time” por duas semanas seguidas. Ótimas fotos de guerra. Realmente merece todo o meu respeito e admiração.” Diz Angela apertando a mão de Jo, que agradece o elogio.
“Acabo de ser obrigada a sair do Afeganistão. Venho me dedicando ao tema já há alguns anos, desde que montei residência na Bósnia. Foi um tempo bem desgastante. Pretendo mudar um pouco meu foco agora. Digamos que será como estar de férias, matando um pouco as saudades de Los Angeles.”
“Jo irá trabalhar conosco durante sua estadia aqui na cidade. Tenho certeza que com seu talento não faltará qualidade em fotografias para a “Today”.”
“Será ótimo! Vou escalar Griffin para auxiliá-la no que for preciso.”
“Claro, assim ele poderá aprender como tirar boas fotos.” Ironiza Margaux.
Jo olha para Sarah sem entender.
Passeio de câmera pela festa, onde vemos, Linda Holden e Cynthia Nichols, antigas modelos de Hillary conversando com seu filho e gerente David. Até chegar a entrada do evento.
Joe e Marc estão chegando, completamente chapados, fazendo algazarra. São barrados pelos seguranças, mas quando Joe se apresenta como sendo Remington, eles entram sem problemas.
“Vou me dar bem por aqui. Olha só quanta gente!”
“Vai com calma Joe, você precisa ser cauteloso na venda desse lance.” Referindo-se a cocaína.“Marc, meu brother, você está diante de um profissional!” Diz ele colocando o braço no ombro do amigo. “Cuide da mulherada que eu cuido da clientela. Olha ao seu redor: só modelo gatinha! É nossa noite, cara


Redação da revista Today.
Charlie está concentrada, em frente ao seu computador, trabalhando até tarde. Toca seu celular.
“John me desculpe. Não vou poder acompanhá-lo na festa. Não consegui finalizar a matéria que Rachel quer pronta amanhã cedo.”
Jonathan, que está em seu quarto, percebe a pequena armação que Rachel aprontou. “Eu entendo Charlie. Está tudo muito claro agora.”
“Bom que conhece bem as peças que trabalham com você. Aproveite a festa!” Assim que desliga, percebe uma ligação chamando em uma das linhas do telefone interno. Atende.
“Boa noite, aqui quem fala é o Dr. Michael Mancini, residente-chefe do Wilshire Memorial. Gostaria de falar com algum integrante da família Remington, por favor.”
“Sinto muito, mas agora, aqui na redação, impossível. Gostaria de deixar algum recado?”
Logo cai a ficha e Charlie percebe ser algo relativo ao desaparecimento de Carrie.
“Você está certa. Precisamos agir rápido, mocinha. Carrie corre perigo.”
Após ouvir a última palavra de Michael, o desespero toma conta de Charlie. Nervosa, tenta ligar para o celular de Margaux, não obtendo resposta. Resolve tomar as rédeas da situação e parte ao encontro dele.


Jonathan termina de tomar banho, ainda enrolado na toalha, pega o celular e liga para Rachel. “Muito esperta! Conseguiu o que queria. Estou passando para te pegar em quinze minutos. Mas escute: que isso não se repita!”

Delegacia.
Griffin está saindo do lugar quando entram Dawnie e Romeo. Ela salta e o abraça forte.
“Maninho, o que você aprontou dessa vez?”Griffin estranha o “maninho” de início, mas logo entra no jogo armado por ela. Os dois, então, tornam-se irmãos. Romeo acreditando fielmente nisso, percebe Mimi ainda dentro da sala do promotor. Ele manda Dawnie levar Griffin para casa e depois segue até Mimi. Ao ver o estado da ex-amante percebe tudo o que aconteceu.“Aonde vocês duas foram capaz de chegar! Vamos eu a levo pra casa.”
“Ainda bem Romeo. Não sabia mais o que fazer com a Sra. Heiss por aqui.” Diz Axel se levantando da cadeira e quase expulsando os dois de sua sala.Já no carro, Mimi reclama o quanto sente a falta dele. Romeo desconversa.
“Faça bom proveito de sua putinha!”
E os dois não trocam mais palavras.

Festa da “Hunks”. Ao fundo toca “Crazy - Seal”
Jonathan chega de braços dados com Rachel. Margaux observa de longe e não gosta do que vê.
Ela vai até Tessie. “O que significa a presença de Rachel Dennis?” Pergunta apontando.
“Não formam um lindo casal, Margaux?”
Cheia de ira, ela taca o conteúdo de sua taça no vestido branco de Tessie. “Se eu descobrir que você tem alguma coisa a ver com isso, sinta-se no olho da rua.” Tessie desconversa e sai a caminho do toalete.
A câmera percorre a pérgula da piscina chegando ao bar.
Angela pede um drink. Seu celular toca. Abre um sorriso pensando ser Griffin, mas vê que é ligação de Scott. “... pois é, estou preocupado. Brian saiu há horas para alimentar nosso animalzinho, e ainda não deu notícias.”
“Mais essa, agora! Sinto muito Scott, não posso me ausentar daqui. Você terá que ir até Santa Clarita e ver o que aconteceu por lá.” Ela desliga e arma um semblante de preocupação. Pega seu drink e o toma em uma só golada. Coloca a taça no balcão e pede outro ao barman.


Quarto de Romeo.
Dawnie e Griffin estão suados, nus na cama, após transarem. Ela está deitada, atravessada na cama, com a cabeça em seu peito.
“Não terá problemas em ficar aqui por alguns dias com essa história que inventamos, maninho!”
Os dois riem alto. Ela sai da cama, abre o guarda-roupa de Romeo e pega um smoking. “Levante-se. Precisamos nos vestir, ainda temos uma festa para ir.” Ao virar-se, vê Griffin fingindo estar adormecido. Vai até ele, sobe na cama, toca seu pênis e começa a masturbá-lo. Ele sorri e abre os olhos. “Ok, mais cinco minutinhos.” Diz ela beijando sua virilha e iniciando outra rodada de sexo oral.


Aeroporto de LA.
Charlie e Michael correm em vários balcões de companhias aéreas atrás de alguma informação sobre o paradeiro de Cooper e Carrie.
“Continue perguntando Charlie. Vou até o departamento médico ver se eles possuem o registro de algum embarque especial.”
Antes que Michael consiga chegar lá, Charlie o grita. A funcionária da companhia aérea onde ela acabara de perguntar sobre uma mulher em coma, diz que o vôo particular onde ela foi embarcada decolou há meia hora atrás.
“Duas passagens no próximo vôo para Cleveland, por favor.” Diz Michael chegando ao balcão e ouvindo as últimas palavras da mulher. “Quando podemos embarcar?” Pergunta ele, olhando para Charlie, que balança a cabeça afirmativamente.


Quarto de Mimi.
Sentada em sua cama, ela pega sua agenda telefônica. Procura por alguém, passando folhas. Chega à página onde está escrito: “Nova York - contatos”. Completa uma ligação. E após cinco minutos conversando e rindo, diz que necessita de uma valiosa informação.
Close em seus olhos, que brilham.
“Saberia me dizer o telefone, ou onde posso encontrar o empresário Jones Krueger?”


Entrada da festa. Ao som de “Surrender - Laura Pausini”.


Muitos convidados param para olhar a entrada de Dawnie, chamando atenção com seu vestido extremamente decotado, de braços dados a Romeo de um lado e Griffin de outro.
Angela não entende aquilo e vai ao encontro dos três. Sem dizer uma palavra e já com os olhos mareados ela dá uma bofetada no rosto de Griffin.
“Meu amor, o que significa isso?” pergunta ele segurando o queixo. Vira-se para Dawnie: “Maninha, essa é Angela sua cunhada.”
Angela fica estática e envergonhada. “Você nunca havia me contado sobre uma irmã.”
“O que eu posso fazer? Elas sempre acabam aparecendo!” Ele ri, abraça Angela e a beija. Ela se desculpa com os três. Minutos depois já em volta da piscina, Margaux chega até eles.
“Estou interrompendo alguma coisa?” volta-se para Griffin “Preciso apresentar-lhe alguém.”
E sai carregando-o até onde está Jo, onde os apresenta.
“Terei um imenso prazer em trabalharmos juntos.” Solta Griffin, animado com a novidade que Margaux acabara de informá-lo.
A câmera chega até uma roda de modelos, onde entre eles estão Sarah Owens, Carrie Spencer e o fotógrafo Brian Peterson.
Ouve-se apenas uma frase dita por Carrie: “Espero que essa festa de Hillary não termine com um assassinato, como a última.” Todos dão risadas.
A câmera sai dali e vai ao encontro de Rachel e Tessie, que estão no hall dos toaletes.
Rachel está sentindo-se vitoriosa: “Pode ter certeza, Tessie, que os dias daquela vaca velha estão contados na Today. Quando o conteúdo que encontrei naqueles arquivos trancados vier à tona...” As duas riem e Tessie pergunta o que de tão valioso existia lá dentro.
“No momento certo você ficará sabendo. A curiosidade matou o gato, minha cara.”
Hillary Michaels sobe ao pequeno palco montado ao lado da piscina e inicia um pequeno discurso, enquanto seus modelos vão se aproximando e posicionando-se atrás dela. Os fotógrafos ficam alvoroçados. Rachel chega por trás de Margaux e fala ao seu ouvido “Ainda está com meu convite?”
“Desde quando piranhas necessitam de convites nominais para entrar em eventos? Elas sempre conseguem um bom traseiro para trazê-las.” Responde ríspida.

Hillary começa a apresentar seus modelos. Todos batem palmas, inclusive as duas, com sorrisos falsos no rosto.
“Não sorria tanto, vaca recalcada, ou vai acabar repuxando a orelha.” Sacaneia Rachel.
“Aproveite bem seus dias de brincadeira na revista. Jonathan vai cansar dessa tua falta de bunda. E quando isso acontecer, pode ter certeza que vou estar do seu lado, ajudando a limpar sua mesa.”
“Ameixa seca!”
“Cadela!”
“Como você é suja, Rachel Dennis. Está precisando de uma boa limpeza, um bom banho.” Diz Margaux empurrando-a. Rachel cai na pérgula da piscina. Hillary percebe e pára o que falava ao microfone. A briga chama a atenção de todos ao redor da piscina. Margaux está puxando Rachel pelos cabelos, que grita de dor, em direção a piscina. “Não se preocupe, vai ficar limpinha pra deitar na cama de seu homem.” Chegando à borda, Margaux empurra Rachel, com os pés, para dentro da água. Jonathan corre para tentar impedir, mas chega tarde. Começa a esbravejar com elas, perguntando o que significa tudo aquilo. Fotógrafos que antes só clicavam modelos agora fazem a festa. Margaux não dá atenção ao ex-marido que se emputece: “Sabe de uma coisa? Eu cansei de vocês duas.” E ele empurra Margaux para dentro da piscina, virando-se e seguindo em direção a saída da festa, em seguida. As duas ainda trocam farpas dentro da água. Dois convidados pulam e começam a retirá-las de lá


Sítio em Santa Clarita.
Scott entra na casa e percebe que algo está errado. As luzes estão completamente apagadas.
Ao acender a sala, ele vê a cadeira, onde Nicholas estava amarrado, vazia. Corre pelos cômodos e encontra Brian no quarto, nu, amarrado na cama, amordaçado e com uma garrafa enfiada no ânus.
Scott retira sua mordaça. “Cuidado, ele ainda está na casa!” Os dois ficam apavorados. As luzes se apagam novamente. No escuro, ouve-se apenas um som de vidro se quebrando.


Dentro do avião para Cleveland.
“Não posso te dizer precisamente o que pode acontecer com Carrie. No entanto, quanto mais tempo ela ficar em coma induzido, mais seqüelas terá.”
“Você tem idéia de onde iremos encontrá-los por lá?”
“Temos que correr contra o tempo. Rodaremos hospitais e possíveis clínicas onde ele possa ter dado entrada com ela nesse estado. Ela não sobreviveria muito tempo fora de uma UTI. E o objetivo dele não é matá-la, e sim deixá-la em coma profundo constantemente.”
“Esse cara é um louco! Precisa de tratamento, ser internado.” Retruca Charlie, olhando pela janela do avião.
“É... Ele teve uma boa musa inspiradora.”


Santa Clarita.
Scott e Brian estão nus, amarrados na cama. Nicholas os tortura com alguns jogos sexuais dolorosos. Enquanto os agride, ele conta como conseguiu se soltar, subornando os homens que eles colocaram para ter relações sexuais em sua frente.
Inicia-se a música “Beat My Guest” - Adam and the Ants.
Nicholas sai do quarto. Scott e Brian começam a gritar por socorro. Nick volta segurando um galão.
“Não adianta gritar. Já tentei fazer isso por dias e não funcionou.” Diz ele em tom sarcástico, derramando gasolina em cima dos dois, na cama, por todo o quarto.
A música aumenta.
Ele segue para a sala e os outros cômodos, esvaziando o galão. Vai apagando as luzes. Sai da casa. Tranca a porta. Scott e Brian gritam desesperados por seu nome. Ele acende um fósforo, faz um olhar diabólico, e o joga para dentro da sala, pela janela. O fogo espalha-se rápido.
Cessa a música.


Festa. Fundo musical mais lento ao som de “Waiting In Vain - Annie Lennox”
Depois da confusão, a comemoração voltou ao normal. Romeo está conversando e dançando com Dawnie. Angela com Griffin. O celular dele toca. Pede licença a ela e afasta-se para atender.
É Ron Maxwell: “Preciso de um servicinho seu. Está designado a comprar umas mercadorias pra mim. Espero você ainda hoje aqui no meu apartamento para maiores detalhes.”
Griffin nem chega a desligar e Dawnie se aproxima perguntando se ele está com algum problema.
“Não, linda. Tudo sob controle.”
Os dois se abraçam, e ficam observando, de longe, Romeo e Angela dançando juntos.
“Realmente está tudo sob controle. Estamos no caminho certo Griffin.”
“Objetivos serão conquistados. E teremos um ao outro no final.”
Se olham nos olhos, ficam um pouco pensativos.
“Case com ela Griffin. Peça Angela em casamento o mais rápido possível. Assim começaremos a viver felizes para sempre.”


Inicia off de narração.
Enquanto ouvimos a narração, vemos as imagens descritas abaixo:


“Nasci na cidade. Cresci como todo garoto rico de Beverly Hills, o que me fez ignorar o aprendizado de muitas etapas necessárias para um bom desenvolvimento emocional...”

Quarto de Joe.
Ele está contando o dinheiro que conseguiu com a venda de drogas durante a festa. Anima-se por ter sido melhor do que esperava. Liga para Ashton e marca de entregar a grana no dia seguinte. Levanta-se, vai até o banheiro, sorri para sua imagem no espelho. Faz uma carreira de coca no mármore da pia, cheira.


Narração:
“...Magoei muitas pessoas. Magoei a mim mesmo. O glamour que essa cidade possui ofusca tanto nossos olhos que não conseguimos notar pessoas que estão ao nosso lado, suprindo sentimentos e nos amando...”

Apartamento de Charlie.
Howard entra. Acende as luzes e procura por algo. Vai até a mesa da sala e encontra algumas pastas de documentos com um bilhete em cima: “Com meus cumprimentos. Faça bom proveito. Charlie.”
Ele pega as pastas, senta no sofá. Abre e começa a ler alguns dos documentos. Solta gargalhadas.


Narração:
“...Tanto fui flechado e maltratado por seus arranha-céus, que joguei a toalha. Fui covarde. Desisti de tudo aquilo que me trazia felicidade, para conseguir estar longe de LA...”

Cobertura de Ron Maxwell.
Jimmy abre a porta para Griffin. Ron o espera tomando uma taça de vinho tinto. Sobre a mesa da sala estão umas fotos de crianças e embaixo estão etiquetados altos preços. Ron pega três fotos de meninos que não devem ter mais do que sete ou oito anos, e as entrega para Griffin dizendo que está na hora dele aprender a fazer compras


Narração:
“...Aprendi muito. Sofri. Tive a coragem de voltar atrás e depois de um tempo retomar minha convivência com os anjos dessa cidade maldita. Uma trégua momentânea, uma época de calmaria. Mas agora estou armado para a próxima tempestade.”

Escrito na primeira tela de créditos está:
“David Michaels, filho de Hillary Michaels, personagem do seriado Models, Inc., saiu de Los Angeles por alguns anos e agora está de volta.”

Tuesday, August 15, 2006

Chamada para o episódio 1.06

PACOTE DE MÚSICAS do episódio 1.06

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Baixe e ouça as músicas nos locais indicados.

1.06 - BRUXAS SABEM OBSERVAR - “THE BITCHES HAVE EYES” - Writing by Stuart Hornung

Aeroporto de Los Angeles.
Movimentação no saguão. No meio das centenas de passageiros que circulam, vemos membros da polícia, andando atentos e se comunicando através de sinais e walk-talks.
Dawnie e Romeo caminham pela área de desembarque quando ela nota a presença incomum de tantos homens fardados e comenta com ele. Ele parece despreocupado e recomenda que ela fique calma. Quando alguns policiais caminham até eles, ela se desespera e sai correndo. É barrada por um deles, bastante corpulento, e levada de volta junto a Romeo que está sendo intimado.
“O senhor deve acompanhar-me à delegacia.”
Romeo acha graça daquilo e pergunta o que ele fez de errado. O policial explica de uma denúncia feita à promotoria onde ele estaria envolvido com tráfico de mulheres: “O senhor e sua acompanhante podem ter a boa vontade de me acompanhar? Ou devo levá-los a força?”
Romeo olha para Dawnie que o encara furiosa, o culpando por aquilo tudo. Os dois assentem e acompanham os homens; no caminho Dawnie cochicha: “Belo resgate, Romeo! Do fogo para a frigideira”.

ABERTURA

Guest starring:

Vemos cenas de LA anoitecendo ao som de “All The Way To Reno (You’re Gonna Be A Star) - REM”, até a câmera chegar ao prédio de Ron Maxwell.



Griffin está guardando sua máquina e seus rolos de filme. A sessão de fotos terminara há instantes. Ron surge oferecendo um drink para ele, que aceita, agradecido. Ron elogia o profissionalismo e diz perceber o seu enorme talento. Griffin apenas sorri, mas Ron insiste em puxar assunto; ele pergunta sobre sua vida pessoal e sobre o namoro com Angela. Griffin apenas solta respostas vagas.“Sou um bom amigo da família. Os Remington são famosos por seus excessos” Comenta Ron rindo. “Você deve estar se divertindo muito com a maluquinha da Angela. A única pessoa centrada daquela família era Caroline, tanto que foi embora”.Griffin finalmente demonstra interesse nas palavras de Ron: “Caroline?” ele pergunta. “Era uma garota linda. A filha mais nova dos Remington, que está a alguns anos estudando na Suíça. Hoje deve estar com seus 17 anos”, responde Ron. “Tenho fotos dela quando criança, gostaria de ver?”Griffin diz que sim e os dois sobem ao quarto do milionário.

Delegacia.
Romeo está conversando com Axel Carter, promotor da cidade. Axel assegura que ele não tem com que se preocupar: “Enquanto aquele dinheiro continuar caindo todo mês na minha conta, a polícia de Los Angeles se manterá cega às suas transações, meu velho.” O promotor continua: “vou dizer que fiz uma ‘investigação’ e que sua ficha está limpa. Sinto pelo transtorno, mas a denúncia foi feita e precisávamos mostrar serviço. Não vamos mais te importunar”.
Axel aperta a mão de Romeo e o leva para a entrada da delegacia onde encontram Dawnie sentada, emburrada ao lado de prostitutas baratas. Ela faz cara de nojo e saco cheio. Romeo se aproxima e estende a mão: “Vamos embora daqui, tenho uma noite espetacular para te oferecer depois de todo transtorno que te fiz passar”.
A expressão de Dawnie muda subitamente de infeliz para lisonjeada.


Santa Clarita - Califórnia.


Sítio onde Nicholas está preso.
Ele está com aparência suja e esgotada, amarrado a uma cadeira e encarando Angela que anda para lá e para cá. Os dois estão sozinhos.
“...E eu realmente sinto muito, maninho, mas medidas precisavam ser tomadas antes que você colocasse tudo a perder.”
“Você está louca, Angela! Eu nunca vou te passar a minha parte das ações da Today!”.
“Bom, então aproveite seu cárcere.”
“Por quanto tempo você pretende me manter preso aqui sem que as pessoas percebam, sua imbecil? Amanhã mesmo notarão minha falta na fisioterapia.”
Angela sorri e comenta irônica: “É... Nicholas Remington falta a um compromisso! Que raro, não? Querido, a cidade inteira está familiarizada com a sua vida desregrada. Não vai ser surpresa para ninguém se você simplesmente sumir por um tempo.”
Nicholas lança um olhar desafiador à irmã e diz: “Vamos ver quanto tempo você agüenta essa situação ridícula. Eu fico sentado aqui quantos dias forem, mas você nunca terá o que é meu”.
Angela congratula a determinação do irmão e diz que, para deixar as coisas menos entediantes para ele durante sua estadia, ela tem uma surpresa. Três rapazes muito bonitos entram na casa e param diante de Nicholas. Angela acaricia o corpo dos três e começa a despi-los. Os rapazes começam a se beijar e Angela se aproxima de Nicholas. Ela coloca um contrato em seu colo e lhe diz ao pé do ouvido: “Pense melhor, meu irmão. Eu vou deixar esse contrato aqui, ele estará bem ao alcance de suas mãos... ao contrário desses rapazes”.
Ela sai rindo enquanto os três garotos começam a fazer sexo. Nicholas, completamente excitado, sua frio e vira o rosto para não vê-los. Fecha os olhos com força, desesperado, pois ainda pode ouvi-los, e só aquilo já basta para atiçar sua compulsão sexual ao extremo.


Takes da noite de Los Angeles ao som de “Perfect Drug – Nine Inch Nails”.
Hunt Club.

Casa cheia. Joe sentado, em uma das mesas, cabisbaixo. Alguns caras dão em cima dele, mas dispensa todos, arrogante. Anima-se, de repente, ao ver Marc. Ao ser abordado, Marc diz de supetão: “Nem vem, Joe, não vou te passar fiado.”
“Por favor, Marc” implora, “a velha não tá querendo liberar mais grana, diz que eu ando abusando”. Marc responde que aquilo é problema dele. Joe se descontrola, e encosta Marc contra a parede, segurando-o pelo colarinho: “Eu preciso e preciso agora! Me arranja!” Marc o empurra e diz que se quiser tentar ‘direto da fonte’, ele pode falar com Ashton, na X-Element, uma boate ‘leather’ nas redondezas. Joe, sem pensar duas vezes sai às pressas.


Cobertura de Ron.


Ele entra em seu luxuoso quarto, seguido por Griffin, que parece incomodado, olhando tudo ao seu redor. Ron indica uma gaveta e pede que ele a abra para pegar as fotos de Caroline. Griffin obedece e fica chocado. Nas fotos, vê-se uma garotinha com cerca de seis anos nua em várias posições. Griffin encara Ron com um ponto de interrogação no rosto.
“Como pode ver, era uma criança linda, não?”
Griffin, perplexo joga a foto de volta na gaveta e sai do quarto, descendo de volta a sala; Ron sai logo atrás dizendo: “Você talvez queira saber quanto eu estou disposto a pagar por fotos assim”.
“Não, não quero” Griffin responde.
“Não banque o bom moço comigo, garotão. Sem moralismos, por favor; eu não faço mal a essas crianças, apenas admiro sua beleza e pureza”.
“Existem milhões de sites onde você pode observar essa pureza toda, não vou me meter nisso.”
“Eu não quero crianças de web, não sou esse tipo de doente. Meu desejo se restringe a crianças específicas, no caso, um sobrinho de um bom amigo meu que está visitando a cidade”.
Ron começa a passar dados sobre o garoto e seu rico pai, mas Griffin continua a ignorá-lo e a caminhar em direção a porta. Quando Griffin está com a porta aberta, prestes a sair, Ron joga sua última cartada: “O último fotógrafo que prestou tais serviços a mim levou oitocentos mil por meras doze fotos”.
Griffin hesita. Ele encara Ron com dúvida. Segundos depois, fecha a porta que segurava ficando a sós com ele na enorme sala.


Mulholland Drive. Mansão de Jonathan.


Ele e Charlie terminam uma rodada de sexo intenso. Estão exaustos, porém extremamente contentes. Eles se olham com carinho e se beijam. “Você é a melhor!”, ele diz sorrindo e aconchegando-se entre seus braços. Como um tapa na cara, a imagem de Howard surge na mente de Charlie. Ela muda de humor na hora, sentindo-se suja e muito mal consigo. Senta na cama e diz com ar sério: “Jonathan... tem algo que você precisa saber”. Ele senta também atento, quando o seu celular toca. Ele vê o número de Rachel no visor, pede um minuto, e vai até outro cômodo atender.
No telefone, Rachel tenta convencer Jonathan a ir a seu encontro num motel. Ele desconversa, olhando para Charlie de longe. Diz que está ocupado e não pode naquele momento. Rachel estranha a recusa e brinca perguntando se Jonathan estaria por um acaso apaixonado por sua nova namoradinha. Ele não responde e desliga. Volta ao quarto instantes depois e retoma o assunto: “o que você ia me dizer, linda?”. Charlie olha bem para ele e hesita, nervosa: “Que eu nunca gostei de ninguém assim, desse jeito. Nunca me machuque, John, por favor.”
Eles se abraçam.


Leather Club X-Element.


Entre freqüentadores vestidos de couro, Joe anda nervoso, empurrando as pessoas, em busca de alguém que ele sequer sabe quem é. Pergunta a um bartender pelo tal de Ashton e o rapaz aponta um homem extremamente gordo, sentado a uma das mesas e cercado por garotas. Joe vai até ele e sem cerimônia, pede por pó e ecstasy. Ashton, sem dar muita atenção apenas recomenda: “Hunt Club, Marc.”
“Acabei de vir de lá, estou sem grana” diz Joe e, adotando uma postura mais humilde, “por favor, cara, você não tem idéia de como eu preciso! Não consigo subir no palco sem tomar algo, não consigo encarar os Remington sem estar cheirado!”
Ao ouvir a menção do nome “Remington”, Ashton se interessa. Ele pergunta qual a relação de Joe com eles e Joe, desesperado, explica tudo sem mentir.
“Você veio bem a calhar, garoto. Estava mesmo precisando de um novo distribuidor entre a alta classe, meu rapaz anterior já está muito marcado.” Ashton tira alguns papelotes do bolso e entrega a Joe, dizendo: “Para cada cinco vendidos, um é seu. Generosidade para iniciantes! E nem tente me enrolar, jovem.” Ao dizer a última frase, Ashton sorri para alguém atrás de Joe; ele se vira para ver quem é, e se depara com vários seguranças, todos o encarando com olhar ameaçador.
“Isso pode ser um brilhante começo ou um trágico fim. Depende exclusivamente de você. Faça sua escolha”.
Joe guarda a droga no bolso e sai confuso.


Beverly Hills.


Uma limusine sai de um requintado restaurante em alta velocidade. Dentro estão Romeo e Dawnie, rindo muito e falando alto. Ela comemora a noite: “Melhor do que essa comida fabulosa, só a maneira como você tratou os funcionários! Adoro vê-los no chão!” Os dois riem ainda mais.
Param num sinal vermelho e não percebem o carro da Today ao lado, onde está Griffin, voltando da casa de Ron. Os vidros filmados de ambos os carros impedem que eles se vejam. Assim que o sinal abre, os dois carros saem na mesma velocidade, mas em direções diferentes. A limusine de Romeo entra no hotel Bel-Air. Minutos depois, ele e Dawnie estão na cobertura, bebendo. Ela se delicia com todo o luxo do local. Romeo liga o som - música “Black Coffee - All Saints” - e começa a cercá-la, a se fazer mais presente e ela não o rejeita. Ele elogia sua beleza, garra e determinação enquanto passa mão no seu cabelo e beija seu pescoço. Embriagada, ela se vira e o beija vorazmente. Afasta-se e desabotoa a blusa lentamente olhando pra ele com cara de safada. “É isso que você quer?” Ela pergunta já sem a blusa e tirando o sutiã. “Então vem. Você merece”.
Ele caminha devagar até ela e beija seu colo ternamente. Vai descendo, passando a língua por sua barriga. Ela abre as pernas. Ele encaixa a cabeça entre suas coxas. Ela geme.
A câmera fixa na expressão de prazer de Dawnie.
Ele levanta, beija sua boca, a pega no colo e a leva para cama.


Los Angeles amanhecendo ao som de “Desert Rose - Sting”. Ao chegar à fachada do prédio da Today, a música cessa.



Lá dentro, Margaux sai furiosa de sua sala em direção a mesa de Tessie. Ela fala quase aos berros: “Cadê a Carrie?” Tessie, acuada, diz que está tentando ligar no celular dela desde que chegou, mas só cai na caixa postal.
“É só isso que você sabe fazer, dar telefonemas? Se o celular não responde, dê um jeito. A ordem foi para que você a encontre, sua incompetente, apenas ligar para ela eu posso fazer sozinha!”.
Todos no andar olham assustados para a cena. Vemos a expressão assustada de Charlie no corredor.
Rachel se aproxima de Margaux com um ar forçadamente prestativo: “Algum problema Margaux, querida?”
“Isso é sério Rachel, não é hora para seus cinismos.” Volta o olhar para Tessie: “Se gosta de seu emprego aqui e quer mantê-lo, encontre Carrie agora!”
Angela surge no meio da confusão: “Sabia que cedo ou tarde sua protegée iria te decepcionar. Sorte a sua que eu estou aqui para ajudá-la, mamãe.”
“Preciso de alguém com competência, Angela, dispenso sua ajuda. E não me chame de mãe na frente dos outros.” Margaux se vira e volta a sua sala andando a longos e nervosos passos. Rachel e Angela seguem atrás. Margaux vai falando com as duas enquanto entra em sua sala: “Amanhã é a reunião com os latinos e o material para a apresentação ainda não está pronto. Sequer foi decidida a abordagem! Percebem a gravidade? Estamos contando com a publicação da Today na América Latina para sairmos dessa suposta crise.”
“Estamos em crise?” Pergunta Angela incrédula.
Rachel intervém: “Isso é bem feito para você, Margaux, que quer tratar de negócios importantes exclusivamente com Carrie. Você não avisou a ninguém sobre essa reunião, nem sobre essa tal crise. Quer fazer tudo sozinha, você e aquela idiotinha, ao invés de aceitar nossa ajuda.”
“Ajuda de quem?” Indigna-se Margaux: “Estou cercada de incompetentes!”
“É seu maior defeito, Margaux: Você é tão arrogante que não saber reconhecer talentos natos bem debaixo do seu nariz.”
Margaux considera por alguns segundos as palavras da rival e então sai de sua sala novamente enquanto diz a ela: “Vamos ver se você tem mesmo razão. Vamos ver se existe algum talento por aqui”. Ela caminha até o centro da redação e pede silêncio. Todos param o que estão fazendo. Ela explica que haverá uma importante reunião com editores estrangeiros no dia seguinte, para viabilizar a publicação da Today na América Latina. Diz que os editores não estão muito empolgados, portanto é necessário convencê-los, através de uma sedutora apresentação, de que a Today seria muito bem recebida nesses países. “Não andamos vendendo mais como antes, portanto assinar esse contrato é vital para o futuro da revista. Aquele dentre vocês que souber apresentar-me uma proposta irrecusável para ser oferecida ao terceiro mundo, será enormemente recompensado. Vocês têm até amanhã de manhã. Bom trabalho!”. Margaux retira-se e todos no andar começam a comentar, excitados, o que acabaram de ouvir. Rachel caminha até Tessie: “Fiz sua chance aparecer, querida. Agora faça a minha. Quero a chave dos arquivos secretos dessa cadela velha”.


Santa Clarita.


Scott entra na casa, trazendo comida e água para Nicholas, que está em sua cadeira moribundo, com barba por fazer e olheiras.
“Um nítido viciado em abstinência forçada.” Diz Scott abrindo a garrafa de água e a dando para ele.
“Quanto Angela está te pagando?” pergunta Nick com uma voz fraca.
“Na verdade não é muito. Meu prazer de estar vendo seu sofrimento que é impagável! - pausa - Eu cheguei mesmo a gostar de você, um dia, idiota.”
“Se sente algo por mim, me tire daqui. Não irá se arrepender, peça o que quiser, cara.”
“Já tenho o que eu quero...” Ele abaixa-se e olha bem para o rosto de Nick “... e não tem nada a ver com você.” Scott chama dois homens que estavam esperando do lado de fora, para iniciar mais um dia de torturas. Volta a atenção para Nick: “Aproveita, e vê se aprende a dar essa bunda direito. Você é ruím de cama pra caralho!”
Nicholas cospe no rosto dele. Scott se limpa com um guardanapo, levanta-se. Irado, ele pega uma fita adesiva, cola o pescoço de Nick na cadeira, imobilizando-o, impedindo de que vire a cabeça. Coloca o contrato e a caneta, que estavam caídos no chão, novamente em seu colo. Sai da casa sem dizer uma palavra a mais. Deixa os dois caras nus, já se masturbando no meio da sala.

Wilshire Memorial Hospital.
Cooper está falando ao telefone, no corredor. Conversa com uma companhia aérea sobre a locação de um jatinho particular. “Devo levar minha esposa doente para tratamento em Cleveland.”
Enquanto ele fala, a câmera vai entrando no quarto da UTI, e mostra Carrie em coma.
Depois de acertar tudo, Coop desliga, entra no quarto, fica ao seu lado acariciando seu rosto e sussurrando juras de amor. Ele a beija delicadamente. Liga o aparelho de som portátil, que começa a tocar uma suave música clássica. Depois a beija com mais intensidade. Vai até a porta e a tranca. Fica tocando seus seios, nota-se sua excitação. Deita seu corpo sobre o dela. Ainda a beijando, tira sua roupa e transa com o seu corpo inerte.


Beverly Hills. Hotel Bel-Air.


Dawnie acorda sozinha na cobertura. Ao se levantar, ela nota uma enorme mesa de café da manhã, deixada com um bilhete de Romeo se desculpando por não poder ter ficado mais. Também deixou um cartão de crédito e diz para ela ir divertir-se durante a tarde e estar de volta para encontrá-lo à noite. Dawnie sorri ao ler o bilhete e se delicia na extravagante mesa. Depois de um demorado banho, ela sai toda pomposa para fazer compras com o cartão e, de tão empolgada, ao passar pelo saguão não nota Griffin sentado esperando por alguém num sofá do lobby. Nem ele, nervoso, a vê passando. Um dos elevadores se abre e dele saem James Townsend, conhecido arquiteto nova-iorquino, e seu filho Arthur, de apenas seis anos. Griffin levanta-se para cumprimentá-los: “Olá, sou Griffin Summerbody, fotógrafo da revista Today. Falamo-nos ontem por telefone”.
“Sim, sim. Sobre sua revista cobrir minha estadia em Los Angeles.”
“Exato. Acompanharei o senhor, portanto, durante toda a manhã, com sua permissão”.
“Claro. Mas... só você, sozinho?”
“Não serão necessárias mais pessoas o incomodando”. Responde sorrindo simpático. Ele lança um discreto olhar para o garoto que assiste a cena. Griffin abaixa-se, brinca com ele, o coloca na cacunda e os três saem do hotel conversando.


Apartamento de Mimi.
Ela sai do banheiro para atender a porta que está sendo violentamente esmurrada. Abre já imaginando quem é. Romeo entra com tudo no apartamento reclamando que as chaves dele não abrem mais a porta.
“Romeu, querido? Como foi de viagem?” pergunta cinicamente, abrindo a cigarreira. “Se eu não posso mais entrar no seu apartamento, você também não pode entrar no meu. Troquei as fechaduras”.
“Por que tudo isso?” ele pergunta possesso. “Por que armar aquela patética tocaia para mim no aeroporto? Achou mesmo que eu ficaria preso um dia sequer?”
“Claro que não! Foi apenas para alertá-lo. Para ver se você pára de se comportar como um moleque.”
“Você é quem está sendo infantil com esse ciúme besta. Nós dois não temos mais nada! Posso ter a mulher que eu quiser!”
“Claro, querido, pode até ir a Arábia atrás de um rabo.” Acende o cigarro e adota o mesmo tom agressivo dele: “Isso não tem nada a ver com ciúme, você embarcou para trazer de volta uma mercadoria! Onde você estava com a cabeça? Perdemos esse cliente para sempre e você é o culpado!”
“Dawnie ia ser morta!”
Mimi aos berros: “Foda-se! Quantas já não morreram? Era apenas mais uma putinha suja e burra! Por que só agora você foi se importar? Quer me convencer que tem escrúpulos, Romeo? Você só fez o que fez porque cismou com a garota... tal qual um adolescente mimado.” - pausa - tira o pigarro da garganta: “Pelo menos já a comeu?”
“Eu não agüento mais você! A partir de hoje conversaremos somente o básico, só negócios. Será apenas isso que nos une.”
Mimi, subitamente enlouquece e joga um jarro, que pega na mesa de jantar, sobre ele, que desvia e vai pra cima dela. Agarra seus braços e a derruba sobre a mesa, ameaçando-a. Ela sorri. A tensão sexual a agrada. Ela abre as pernas e entrelaça o corpo dele. Ao perceber, Romeo se afasta brutamente e a joga contra a parede. Ela ainda sorri, quase satisfeita.
“Você está cada dia pior!” Diz ele saindo e batendo a porta.


Revista Today.
Fim do expediente, a redação está quase vazia. Charlie, no entanto, continua trabalhando animada no projeto para apresentar a Margaux no dia seguinte.
Em sua sala, Rachel usa seu computador para ter acesso ao conteúdo de todos os computadores dos demais funcionários. Ela checa o andar de cada uma das apresentações que estão sendo preparadas, escolhe a melhor e salva tudo num CD. Em seguida, ela vai até a recepção e Tessie, animada, a aborda: “E então, Srta. Dennis, que tal meu projeto?”
“Fraco. Bem fraco. A maneira como você descreve a Today chega e me fazer querer outro emprego.” Tessie fecha a cara, ofendida. Rachel entrega o CD gravado para ela e continua: “Não sei como conseguiu se formar. Mas fique tranqüila, leve esse material para casa e estude. Essa será a apresentação que você fará amanhã. Está praticamente pronta, só falta acertar alguns detalhes. Quanto a chave? Quando a terei?”
“Assim que eu for transferida para um cargo decente no departamento de marketing” responde. Rachel sorri, gostando da chantagenzinha barata, e se despede, deixando a redação ainda mais vazia.


Lobby do hotel Bel-Air.
Griffin está se despedindo de James e do garoto, agradecendo pela tarde de entrevista e combinando mais um encontro para a manhã do dia seguinte, quando finalizarão com algumas fotos. Neste exato momento, Dawnie volta das compras, cheia de sacolas e dando ordens para funcionários ajudarem-na. Com tantas sacolas cobrindo seu rosto ela não vê Griffin caminhando em direção a porta e, desajeitada, tromba com ele, derrubando parte das compras. Ela já estava se preparando para xingar quando vê que é ele: “Ora, ora... quem diria que...” Griffin interrompe Dawnie com um ardente beijo. Ela, no entanto o empurra e o esbofeteia. “Quem você pensa que é?”, ela diz. E completa, piscando para ele: “Carregue minhas compras que eu te dou uma gorjeta”.
Griffin percebe o esquema. Os dois sobem carregando as compras em silêncio. Ao chegar à cobertura, ela mal deixa as sacolas e já é abraçada por ele que sussurra: “Achei que nunca mais fosse te ver. Por onde andou, loirinha? Você não saiu da minha cabeça!”
“Fui dar uma voltinha em meu tapete voador. E sobre pensar em você, eu poderia dizer o mesmo, mas estaria mentindo. Eu sou uma garota muito honesta, sabe?”
“Puta!” Diz ele esbofeteando sua cara e depois a beijando ardentemente. Arrancam suas roupas de maneira brusca e caem na cama. Depois de rápidas preliminares, Dawnie o está cavalgando, quando ouvem barulho na porta.
“Meu Deus, Romeo!” diz ela levantando e o empurrando pra debaixo da cama.
Romeo surge no quarto e estranha Dawnie pelada e a cama desarrumada. Ela pensa rápido e finge estar se masturbando. Gemendo alto e se tocando, chamando por ele. “Não agüentava mais te esperar. Eu aqui cheia de tesão... ” Ele ainda estranha a situação, mas excita-se e se joga sobre ela. Embaixo da cama, Griffin demonstra incômodo, tendo que ouvir o casal transando. Ele se arrasta para fora do quarto enquanto Dawnie segura a cabeça de Romeo com um beijo. Antes de sair do quarto, Griffin manda um beijinho para ela e sai nas pontas dos pés, rindo. Ela vira a cabeça para trás e também sorri satisfeita.


LA pela manhã, ao som de “Scream If You Wanna Go Faster – Geri Halliwell”.



Margaux entra no hall da revista e vai até a mesa de Tessie. Ela lhe entrega as correspondências e diz que chegaram os convites para o cocktail de lançamento da nova agência de modelos “Hunks” de Hillary Michaels.
“Onde está o convite de Rachel?”
Tessie o mostra nas mãos. Margaux estende a sua, pedindo com os olhos que o entregue também. A secretária reluta, mas obedece.
“Aprenda: esse convite nunca chegou!” E amassa o envelope azul na frente de Tessie.
Na redação, muito falatório e nervosismo. Todos estão ansiosos para conseguir agradar Margaux. Angela, encarregada da organização, bate palmas em pedido de silêncio. Ela alerta: “Como vocês devem saber, Margaux detesta perder tempo com subalternos, portanto sejam rápidos e sucintos.” Angela cruza com Charlie e diz: “Não se esqueça que Margaux não gosta de contato visual com funcionários, portanto, mesmo quando for dirigir-se a ela, não olhe diretamente em seus olhos.”
Rachel escuta e completa: “Ou virará pedra!”. Ela puxa Angela para um canto e pede que comece a apresentação chamando Tessie. Angela questiona, mas Rachel diz que precisa de Tessie como aliada para despachar Margaux. Angela concede.
Margaux segue para a sala de reuniões para dar inicio as apresentações. Angela acompanha a mãe, e depois chama todas as oito pessoas que estão na disputa. Eles sentam e Tessie é convocada para ser a primeira. Ela levanta e começa.
A câmera mostra a expressão de Charlie.
Ela está visivelmente atordoada com o que ouve. De repente, levanta-se e vai até Tessie, berrando: “Sua ladra! Você roubou o meu projeto!”
Todos se entreolham em silêncio, sem saber como reagir. Margaux é quem toma a palavra: “Como disse?”.
“Esse projeto foi feito por mim, posso provar, está tudo no meu computador!”. Nervosa, Charlie esquece das recomendações de Angela e quando lembra, desvia o olhar para o chão e fixa. A partir de então fala com Margaux, mas sem nunca encará-la: “Essa é a minha apresentação! Eu criei tudo isso!” Rachel respira e se ajeita na cadeira. Tessie rebate: “Você está louca garota, como eu poderia roubar sua idéia? Você não preparou nada e agora vem querer se aproveitar dos outros?”
“Eu não sei como ela teve acesso a meu material, Sra. Remington, mas posso garantir que isso é trabalho meu!”
“Não, não é! Passei a noite em claro produzindo isso, enquanto você, com certeza, transava com o chefe pra manter seu emprego. Ao contrário de você, eu tenho méritos reais!”
Charlie arregala os olhos, e descontrolada voa pra cima da secretária. As duas começam a se engalfinhar no meio da sala, se estapeando e derrubando coisas. Angela cai na gargalhada, Margaux não se mexe e Rachel, junto a outros funcionários vão apartá-las.
“Sua aproveitadora, cínica! Ladra!” Grita Charlie sendo segurada por um dos redatores.
“Eu não roubei nada! Não tenho acesso a seu computador.”
“Na verdade, poderia ter sim.” Intervém Margaux, sentando-se. “Qualquer aprendiz de hacker invade fácil computadores em rede como os daqui. Eu até estaria disposta a acreditar em você, Charlie. Só que antes precisaria aprender a mentir. Sequer consegue olhar na minha cara quando fala comigo! É assim que mentirosos se entregam.”
Charlie olha confusa para Angela. “Mas... ela disse...” Charlie não consegue nem completar a frase de tanta indignação. Angela segura um risinho.
“Só não a demito imediatamente por você ser cria do Jonathan”, diz Margaux. “Mas sinta-se na corda bamba por aqui, a partir de hoje. Outra dessas, e eu tratarei pessoalmente para que nenhuma revista em Los Angeles jamais a contrate.”
Charlie sai correndo aos prantos em direção aos elevadores. As apresentações seguem normalmente dali em diante. Charlie sai do prédio e anda até uma farmácia, onde compra calmantes e toma, jurando para si mesma que aquela foi a gota d’água. “Chega de ser feita de besta nessa cidade. Chega!” Ela pega o celular e completa uma ligação para Howard.


Wilshire Memorial Hospital.
Brett está indo em direção a UTI quando Michael Mancini o aborda. “O que pensa que está fazendo com Carrie, seu maluco?! Pensa que não estou sacando esse seu deja-vú insano com a finada Kimberly? Suportei isso até agora, mas você levá-la embora para Cleveland, é demais! Vou contactar os Remington imediatamente.”
“Calma, Michael. Não é o que você está pensando.” Brett subitamente o empurra para dentro de um dos depósitos de materiais médicos. “É pior!” E injeta uma seringa em sua coxa. Michael arregala os olhos e aos poucos vai ficando inconsciente. Brett sai da pequena sala, arrumando o jaleco e a gravata, olha o relógio e segue em direção ao quarto de Carrie.


Hotel Bel-Air.
Griffin está na recepção aguardando James, quando este aparece falando apressadamente: “Um velho amigo me ligou, Ron Maxwell, talvez você o conheça.”
“Já ouvi falar”, responde Griffin.
“Nós temos negócios a tratar hoje, pois amanhã ele deverá fazer uma viagem às pressas. Sinto muito, mas terei de cancelar nossa sessão de fotos.”
Griffin demonstra-se preocupado. “Como vou entregar essa matéria sem fotos agora? Nas poucas que tiramos ontem, seu filho nem apareceu.”
“Mas é necessário que ele apareça?” pergunta James.
“Tornará o seu profile mais real. Eu não poderia subir e tirar algumas dele agora?”
“Claro, avisarei na recepção então, pode ir subindo. Mas seja breve, não creio que Arthur tenha muita paciência para essas coisas.”
James sai para o encontro com Ron e Griffin sobe até o quarto, onde é atendido por uma funcionária do hotel que está tomando conta do garoto. Ele diz ser da família, e que não precisa mais de seus serviços no momento, dispensando-a. Assim que ele tranca a porta, chama por Arthur; encontra o garoto jogando vídeo-game num dos quartos. Griffin começa a envolver o garoto em sua conversa, falando sobre jogos eletrônicos. Ele diz saber códigos secretos para esse jogo e que está disposto a trocá-los pelas roupas do menino. Arthur acha tudo muito estranho, mas vai deixando-se levar. Os papos de Griffin vão ficando mais sérios, suas propostas maiores e mais extravagantes e, cerca de meia hora depois, Arthur está posando nu. Griffin está extremamente incomodado, bate as fotos com pressa e pouco cuidado. Seu celular toca; é Ron.
“Tudo certo com as fotos?” pergunta o empresário.
“Estou quase terminando. Você realmente conseguiu convencer James a te encontrar!”
“É, eu sou muito persuasivo. Geralmente consigo tudo que quero. Por isso, quando algo fora do meu controle acontece, isso me marca profundamente.”
“Entendo. Bom, vou desligar para terminar tudo por aqui...”
Ron interrompe, falando como se não ouvisse Griffin. “Você sabe Griffin, eu tinha um irmão”.
Vemos imagens da polícia chegando ao hotel.
Eles estão armados e param na recepção pedindo informações. Ao telefone, Ron continua: “Infelizmente não posso mais ter a companhia dele. Steve foi levado de mim por dois delinqüentes de rua.”
Griffin começa a se preocupar. Ele olha ao redor atento.
Vemos a polícia subindo no elevador.
“Eu não te reconheci imediatamente, mas não poderia tardar. Eu nunca esqueceria os rostos dos homens que mataram meu irmão naquele assalto idiota. Foi a primeira e única vez que algo fora do meu controle aconteceu.”
Griffin larga o celular e corre para Arthur entregando suas roupas. “Vista-se, rápido!” ele diz. Porém, quando volta para pegar sua máquina é tarde demais. A polícia invade o apartamento, apontando armas para ele.
“Você está preso em flagrante”, grita um deles.
A Griffin só resta levantar os braços.


Inicia off de narração.
Enquanto ouvimos a narração, vemos as imagens descritas abaixo:
“Todos os dias inúmeras famílias chegam para tentar vida nova em Los Angeles. Comigo foi assim. Chegamos, tentamos nos adaptar, nos atrapalhamos, sofremos...”

Today - Sala de Rachel.
Ela está pensativa, sentada em sua mesa, na penumbra. Abre uma das gavetas e pega uma chave dourada. Olha fixamente o objeto. Sorri. Olha o relógio, levanta-se e sai em direção à sala de Margaux.


Narração:
“...Por aqui você não consegue fazer amigos. Eles apenas forjam amizades. Seu objetivo é apenas sugar nossa vitalidade inocente, nos vampirizando...”

Mansão de Jonathan.
Charlie e ele estão dormindo abraçados na cama. Ela abre os olhos, levanta-se devagar, sem fazer barulho. Veste sua calcinha e nota se ele despertou. Sai do quarto e vai até o escritório. Sem acender as luzes, começa a mexer em papéis e gavetas.


Narração: “... E depositam todas as suas amarguras e infelicidades em cima de nossos sonhos tão puros e sedutores. Essa cidade não sobreviveria sem essa energia migratória, que mais cedo ou mais tarde acaba se esgotando. E você, então, não vale mais nada...”

Rua em frente ao prédio de Mimi.
Dawnie entra e pergunta ao porteiro se ele possui um macaco mecânico, pois seu carro está com o pneu furado ali em frente. Ele diz que vai buscar, e no momento que o velho sai dali, ela corre para os elevadores, sorrindo por ter sido tão fácil enganá-lo. Chegando ao décimo quinto andar, sai do elevador apressada e toca a campainha do apartamento de sua ex-cafetina.


Narração:
“...Facilidade em chegar em LA existe. Fique um tempo, relaxe. Enquanto você ainda sentir-se vivo, poderá usufruir da sombra de suas palmeiras tão famosas. Difícil será você continuar por lá, após a luz ter se apagado.”

Escrito na primeira tela de créditos es
tá:
“Rachel Whittaker, personagem do seriado Pacific Palisades, conseguiu viver com sua família em Los Angeles por apenas um ano.”